Construção de muro em meio de avenida causa polêmica em Macapá

Obra em via pública chama atenção. Cartaz que indicaria motivação judicial para a existência do muro foi retirado
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Por RODRIGO ÍNDIO

Uma via pública está sendo fechada com um muro de concreto em Macapá. O fato pitoresco acontece na 7ª Avenida, no Bairro Cabralzinho, na zona oeste de Macapá.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais. Em uma publicação no Facebook, o servidor público Leonel Martins compartilhou o caso como “curiosidade” e “aberração”. Até um cartaz com suposta licença para fechamento e autorização para construção foi colocado no muro.

“Passo todos os dias para ir e retornar do trabalho e achei estranho. É algo exótico você ver um muro subindo no meio de uma via pública, no meu entendimento tornando um espaço que é público em privado, é gritante e inquietante. Parei, fiz as fotos”, disse.

Obra do muro pode ser vista…

… da Rodovia Duca Serra. Fotos: Rodrigo Índio/SN

A situação preocupa o cidadão, que fez as fotos na última quinta-feira (15).

“Não sei se há legalidade ou ilegalidade. Não vi a marca de nenhum órgão público lá. É algo difícil de se acreditar que se possa conseguir uma autorização para fechar uma via pública sem uma boa justificativa, mas a preocupação maior é que esse fato possa gerar jurisprudência pra outros casos de fechamento de rua”, acrescentou.

Cartaz colocado no local…

… indicando processo e profissional responsável pela obra…

… foi retirado

Quando a reportagem esteve hoje no local, já não havia mais o cartaz. Segundo um borracheiro, que trabalha na esquina do quarteirão e preferiu não se identificar, quem mora ali diz que o local se tornará um condomínio fechado, o que chama atenção, já que é um ambiente público.

Foi possível perceber que a via fica ao lado de uma igreja e de 4 imóveis. Ela serve como acesso para outras casas mais para o final da avenida.

Nenhum morador foi localizado para falar sobre o assunto. O portal SelesNafes.com foi em busca de respostas.

CREA-AP

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amapá (CREA-AP), que tem nome estampado no cartaz, disse que não tinha conhecimento do caso e que não há registro junto a instituição.

“Não entendemos porque a profissional responsável, que é uma arquiteta, usou a sigla “Crea” na placa, uma vez que ela não possui registro no Crea. De qualquer forma, encaminhei a demanda ao nosso setor de fiscalização. Eles irão analisar”, disse o porta-voz do CREA-AP.

CAU

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amapá (CAU) foi procurado, mas ainda não se posicionou sobre o assunto.

Prefeitura de Macapá

A Prefeitura de Macapá também foi procurada, e ficou de se pronunciar sobre o caso.

Seles Nafes
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