Por LEONARDO MELO
A Polícia Federal prendeu em Macapá, na manhã desta quinta-feira (22), o empresário do segmento combustíveis Júlio Farias. Os policiais apreenderam com ele fuzil, espingardas, revólver, pistolas e mais de 3,1 mil munições, além de um silenciador.
A PF não divulgou nomes, mas confirmou em nota que a prisão ocorreu durante cumprimento de dois mandados expedidos pela 12ª Vara do Distrito Federal, e foram cumpridos por policiais legislativos do Senado e da PF.
O empresário, que ostenta nas redes sociais ser seguidor do presidente Jair Bolsonaro (PL), é acusado de possuir acessório de uso restrito sem autorização, e está sendo investigado num inquérito que apura ameaças de morte ao senador Randolfe Rodrigues (Rede), informou a PF.
Os policiais apreenderam nada menos que:
01 fuzil calibre 556
02 espingardas calibre 12
01 rifle calibre 22
01 revólver calibre 38
05 pistolas semiautomáticas
3.158 munições
Armas, munições e silenciador foram levados para a sede da PF
Júlio Farias tem licença de CAC para caçar, praticar esporte e colecionar, mas comprou silenciador sem autorização, disse a PF
“A Justiça Federal impôs ainda a suspensão de autorização de porte/posse de armas de fogo registradas em nome do investigado. Na decisão, o investigado também deve manter a distância mínima de duzentos metros do parlamentar”, informou a PF.
O Portal SN tenta contato com a defesa do empresário, mas apurou que Júlio Farias possui licença de CAC (caçador, atirador esportivo e colecionador). Além das armas e munições, a PF encontrou um silenciador comprado pela internet. Esse teria sido o principal motivo da prisão.
“O homem foi preso em flagrante por posse ilegal de acessório de uso restrito, pois possuía um silenciador para o fuzil, comprado na internet, sem autorização legal. Após o procedimento na PF, o indivíduo será encaminhado à audiência de custódia, onde ficará à disposição da Justiça”. A licença para porte e posse foi suspensa pela justiça federal.
O empresário foi conduzido para a sede da PF, na zona norte de Macapá, onde foi autuado pelo artigo 16 do Estatuto do Desarmamento.