Por ANDRÉ ZUMBI
O menino Samuel da Costa Santos de 7 anos, chegou ao Amapá em agosto deste ano com os pais. Eles vieram de Paragominas (PA) em busca de emprego e estavam morando com a avó paterna, que tem uma casa em Calçoene, a 374 quilômetros de Macapá. Dias depois da chegada ao estado, Samuel e toda a família apresentaram sintomas de vômito e diarreia. Eles receberam tratamento e todos melhoraram, menos o menino.
O mecânico Matheus Emanoel Dos Santos, de 30 anos, pai de Samuel, contou que veio para o Amapá em busca de oportunidades de trabalho. Ele entende de carro, moto, caminhão e é soldador também, mas disse que não consegue trabalho fixo.
Assim que chegaram a Calçoene, os três filhos, ele e a esposa começaram a passar mal. Foram todos parar no hospital da cidade e em poucos dias já estavam melhores, mas Samuel não estava normal.
O médico que atendeu o menino no município, segundo o pai, explicou que o garoto contraiu uma bactéria e ela pode ter causado uma desidratação severa nele ocasionando paralisia e posteriormente duas paradas cardiorespiratórias.
“Os médicos não conseguiram detectar que tipo de bactéria é essa. Ele foi perdendo o jeito de andar e foi perdendo os movimentos. Ele estava sendo tratado lá (Calçoene), até os médicos encaminharam ele aqui para Macapá para o Hospital da Criança. Até aí ele ainda falava com a gente, mas depois que ele teve duas paradas cardiorrespiratórias piorou”, lamentou o pai.
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Pai é qualificado, mas não consegue trabalho fixo
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Família enfrenta dura situação e precisa contar com a solidariedade
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Laudo explica situação clínica
O laudo médico emitido pelo Hospital da Criança e Adolescente apresenta o diagnóstico de encefalopatia crônica (parada cerebral). Antes do ocorrido, Samuel era uma criança saudável e gostava muito de brincar, lembraram os pais. Eles mostraram alguns vídeos, de como a criança era antes da doença.
O dia deitado
Atualmente, Samuel passa o dia inteiro deitado. Depois das paradas cardiorrespiratórias, os médicos precisaram fazer uma traqueostomia, o que tornou possível a respiração dele sem aparelhos.
O aluguel de onde eles moram, contou o pai, custa R$180, e só foi pago este mês porque algumas pessoas ajudaram. Os médicos já encaminharam a criança para fazer fisioterapia. A consulta está marcada para o dia 13 de janeiro na unidade Sarah Kubitschek, de Macapá. Até lá, ele vem fazendo sessões com uma fisioterapeuta voluntária que se comoveu com a situação e vai duas vezes por semana à casa da família.
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Samuel levava uma vida normal
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Pais sonham com uma vida melhor no Amapá
Samuel precisa de fraldas e dinheiro para que os pais possam se locomover e comprar comida para casa. Para doar, as pessoas podem entrar em contato com a família pelo telefone (94) 99194-0525 (WhatsApp).
As doações podem ser feitas através do PIX 004.901.972-48 que está em nome de Verislandia Ferreira da Costa, mãe do garoto.