Por OLHO DE BOTO
Um idoso de 62 anos foi morto com 4 tiros na noite desta quinta-feira, 15, após abrir a porta da casa onde morava, no Bairro Jardim Felicidade, na zona norte de Macapá.
O crime ocorreu por volta de 21h, na ponte do ‘Cainágua’, região conhecida pelo intenso tráfico de drogas e dominada por uma organização criminosa.
Tasso Nunes da Silva era do município de Morrinhos (GO), região Centro-Oeste do país. Ele trabalhava de porta em porta, vendendo espanadores de teto – para tirar teias de aranha e poeira de cantos superiores de paredes e forros – e morava há 19 anos na capital amapaense.
Policiais do 2º Batalhão da Polícia Militar do Amapá faziam o isolamento da cena do crime quando o telefone da vítima que estava na tomada da cozinha insistia em tocar. Um dos militares decidiu atender a chamada, era o filho da vítima falando “Oi, pai. Quando o senhor vai voltar pra casa?”.
Foi, então, que o policial se identificou e relatou o ocorrido.
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Tasso Nunes da Silva foi morto na porta de casa. Fotos: Olho de Boto/SN
À polícia, o rapaz contou que o plano do pai era retornar brevemente para a cidade Natal e rever a família depois de quase 20 anos distante.
O delegado Wellington Ferraz, da Delegacia de Homicídios, apurou que o vendedor jantava no momento em que o atirador chamou por ele na entrada da casa. A marmita ainda estava quente em cima da cama quando a polícia chegou. O corpo foi encontrado na entrada da residência.
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Policiais e peritos trocam informações sobre o crime na ponte do Cainágua
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Corpo foi removido para o IML
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Delegado Wellington Ferraz investiga o crime
“As informações é que ele era uma pessoa trabalhadora, era bem quisto na vizinhança, vamos trabalhar em cima do que seria a motivação. Apreendemos o celular da vítima para saber se ela estava sendo ameaçada ou algo do tipo”, analisou o delegado.
Inicialmente, a investigação descarta a possibilidade de latrocínio e aponta para uma execução praticada por faccionados, motivada pela suspeita que a vítima seria informante de investigação policial ou eles a confundiram com o verdadeiro alvo.
A Delegacia de Homicídios prossegue em busca de pistas que possam identificar a autoria do crime.