Da Redação
O governador do Amapá, Clécio Luís (SD), apresentou uma série de propostas ao governo federal durante encontro dos governadores com o presidente Lula (PT), ontem (27), em Brasília. As propostas são diretamente ligadas à infraestrutura, segurança fiscal e integração dos municípios por meio de terminais hidroviários.
Entre as propostas estão a construção de terminais hidroviários nos municípios de Macapá, Santana, Mazagão, Oiapoque, Calçoene, Laranjal do Jari e Vitória do Jari; e a macrodrenagem dos canais do Beirol, em Macapá, e do Paraíso, em Santana.
“A maioria dessas obras é complexa, que dependem de alocação de recursos e de uma série de fatores. Mas o mais importante é que, nos primeiros dias de governo, já estamos tendo a possibilidade de apresentar esses projetos para o presidente. Eu saio muito animado porque houve um gesto do governo federal, de retomar esse diálogo após 4 anos, e os governadores foram quiescentes. Se nós nos unirmos, as coisas andam”, comentou Clécio.
“Pedimos ainda algum tipo de compensação para a insegurança que estamos vivendo desde agosto de 2022. Queremos ajuda do governo federal para restabelecer a segurança fiscal. Sem gestão fiscal, nós não temos como fazer obras e administrar as áreas importantes”, acrescentou o governador.
Houve apresentação de projetos para desenvolvimento da Amazônia pelo presidente do consórcio que reúne os estados da região pelo presidente do colegiado, o governador do Pará Helder Barbalho (MDB). As propostas são ligadas a transportes, energia, infraestruturas social e urbana, e comunicação, além do programa de redução das filas de cirurgias, exames e consultas e cobertura vacinal.
Entre as propostas estão a conclusão e o prolongamento da BR-156, a obra viária mais antiga do país e que pode ligar territorialmente o estado ao restante do país; implantação da Hidrovia do Marajó, que busca encurtar o trânsito entre o Amapá e o Pará pelos rios da região, vocação portuária e logística do Amapá, na foz do Rio Amazonas.
Foi a segunda reunião dos governadores com o presidente. A primeira ocorreu no dia 9, após os ataques golpistas em Brasília.
“Essas são pautas em comum para nós que vivemos na Amazônia e, por isso, buscamos vias de integrar a região, principalmente por meio dos portos e rodovias. Manter as boas relações resultam em ações do Estado que beneficiam a população”, complementou o governador do Amapá.