Da REDAÇÃO
Calçoene, a 370 km de Macapá, vive um surto de malária. Nos primeiros dias do ano, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do estado registrou aumento de 908% nos casos da doença no município.
Pelos dados da SVS, do dia 1º ao dia 18 de janeiro de 2022 foram registrados 23 casos de malária na cidade. No mesmo período deste ano, os números saltaram para 209 casos.
O levantamento preliminar traduz que a área mais crítica é o garimpo e suas comunidades do entorno. Esses locais concentram 97% dos casos já notificados este ano.
O balanço mostrou, também, que a maioria dos acometidos, 70%, são homens masculino, que são quase que a totalidade nos garimpos. A faixa etária corresponde a 65% em pessoas de 20 a 49 anos e 8% em crianças até 9 anos – dados que também condizem com a população nas lavras minerais e os vilarejos que as cercam.
Ação de governo
Desde 20 de janeiro deste ano, equipes da SVS estão no município para a execução do Plano de Ação Estratégica do Governo do Amapá para controlar o aumento da malária.
Entre as ações, estão buscas ativas por casos da doença e testagem rápida. Todo o trabalho é feito de forma técnica e humanizada para acolhimento e, caso precise, tratamento para os moradores da região que sentem febre, cansaço, mal-estar, enjoo, tontura, dor de cabeça, dores no corpo, perda do apetite e pele amarelada.
Com a testagem rápida para a população, o objetivo da SVS é identificar casos da malária, inclusive assintomáticos, que também precisam de tratamento para evitar o avanço e proliferação da doença.
Com o aumento de casos, as equipes colocam em prática as seguintes estratégias: distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida para redes; kits para testagem rápida nas áreas de garimpos; e exame da gota espessa.