Da REDAÇÃO
Após o atropelamento e morte do quilombola Tomé dos Santos Miranda, de 72 anos, patriarca de uma família no Curiaú, e protestos na AP-070, rodovia que ‘corta’ a comunidade, o Estado apresentou um plano para aumentar a segurança no trânsito da região. O caso aconteceu no domingo (22).
O fluxo é sempre intenso na região porque a rodovia é usada para escoamento da produção dos municípios de Cutias e Itaubal, e nos fins de semana é a saída mais usada para balneários e sítios na zona rural de Macapá.
O plano de ações emergenciais da Rodovia AP-070, no perímetro do quilombo, contemplará serviços como instalação de radares, passarelas de pedestre, alargamento da rodovia, construção de ciclovias, acostamento, fiscalização, iluminação e recuperação asfáltica.
A primeira etapa já iniciou, com a operação tapa-buraco e limpeza da vegetação. Esta semana, segundo o Governo do Amapá, será feita a sinalização vertical e horizontal, além de uma análise da rede de internet para instalação da primeira câmera de segurança.
Outra medida emergencial, será a intensificação da fiscalização no trânsito, principalmente aos finais de semana, feita pelo Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE).
O plano construído foi idealizado e planejado para atender às necessidades da comunidade. Para isso, o Governo do Amapá enviou uma equipe técnica que elaborou com os moradores ações necessárias para tornar o trânsito mais seguro.
Os serviços são executados pela Secretaria de Estado de Transportes (Setrap) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AP).
Além de seu Tomé, a família perdeu também a filha dele, Marinalva dos Santos de Miranda, para um acidente de trânsito, na mesma rodovia, em frente ao campo de futebol da comunidade. Ela morreu aos 19 anos, atropelada por um carro, em 2004.