Por ANDRÉ ZUMBI
A Cea Equatorial apresentou, nesta segunda-feira (16), os avanços na estrutura elétrica no primeiro ano de atuação da concessionária de distribuição de energia no Amapá. Segundo a empresa, até 2024, 98% do estado estará interligado ao sistema.
Os destaques foram as melhorias nas subestações que atendem a Região Metropolitana de Macapá, a implantação de mais um canal de atendimento ao consumidor e as reformas programadas para acontecerem nos pontos mais críticos da rede em todo Estado.
A Equatorial ressaltou que um dos maiores feitos foi levar energia 24 horas para regiões que antes passavam metade do dia no escuro, a exemplo da Vila do Maracá, localizada no município do Mazagão, e Cunani, em Calçoene, além de outras localidades daquele município.
Neste segmento, um 2022, mais de 500 famílias de áreas rurais foram beneficiadas com energia elétrica chegando em suas casas. Em 2023, o objetivo é chegar a 3.500 famílias.
Automação do sistema
Todas as 18 subestações da Cea Equatorial estão passando por modernização no sistema. Até abril, segundo o presidente da empresa, Augusto Dantas, a de São José, localizada no Centro de Macapá, que entrou em reforma no ano passado, será entregue. Desse montante, 15 já estão sendo monitoradas pelo centro de operações em Macapá.
“Eu consigo religar e manobrar os alimentadores das subestações apertando simplesmente um botão. Não preciso deslocar um veículo para fazer esse serviço. Com isso, você melhora a qualidade de fornecimento diminuindo o tempo das interrupções”, salientou Dantas.
Furtos de energia
Os chamados ‘gatos’ reduziram consideravelmente em todo o estado, segundo Dantas. Ele disse que a empresa vem fazendo um serviço de conscientização na população, destacando os riscos que esse tipo de furto de energia traz ao sistema elétrico.
“O Amapá tem dois programas que ajudam pessoas de baixa renda a ter uma conta de energia menor: a tarifa social programa do governo federal, que saiu de 18 mil para 69 mil famílias em todo o estado em 2022; e o Luz Para Viver Melhor, do Governo do Estado, que zerou naquele ano a conta de 34 mil famílias”, explicou.
Pontos críticos
Os pontos críticos estão no Arquipélago do Bailique e em Serra do Navio. A rede elétrica do arquipélago foi construída às margens da ilha. A região vem sofrendo nos últimos anos com o fenômeno das Terras Caída, o que ocasiona a queda constante de postes. Além disso, existem cabos subaquáticos que têm sido soterrados pelo barro que solta da ilha.
“Quando isso vai acontecendo, vai surgindo a necessidade de se fazer emendas nesses cabos. Já tivemos mais de cinquenta homens trabalhando lá, infelizmente, os problemas persistem – claro que com menos frequência”, garantiu o presidente.
Já em Serra do Navio será necessário o reparo em 30 quilômetros da rede. Esse é o trecho mais crítico da linha porque boa parte dela está muito deteriorada e passa no meio da floresta. O problema ocasiona postes quebrados, sem possibilidade para reparo, e cabo com capacidade de resistência diminuída para 30%.
“O ideal é que até maio deste ano as obras comecem na região. O maior desafio será vencer as demandas ambientais”, considerou.
Além do sistema elétrico, as melhorias chegaram às cinco bases da empresa no estado. Elas servem como locais de atendimento aos clientes e de alojamento para as equipes de manutenção.
As estruturas passam por modernização e reforma. Estão localizadas de forma estratégica nos municípios de Macapá, Laranjal do Jari, Porto Grande, Tartarugalzinho e Oiapoque. Elas estarão prontas até o fim deste semestre.
Ao todo a empresa já substituiu cerca de 588 km de fios doou 600 geladeiras para consumidores com as contas em dia e capacitou mais de 400 jovens para atuarem como eletricistas.