Paradas lotadas: CTMac vai notificar empresas que impediram rodoviários de trabalhar

Paradas de ônibus estão lotadas em Macapá. Protesto durou apenas três horas, depois disso motoristas e cobradores foram impedidos de voltar ao serviço.
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Por ANDRÉ ZUMBI

Funcionários das empresas de ônibus de Macapá, Capital Morena e Amazontur, que fizeram uma paralisação no início da manhã desta quinta-feira (26), por três horas, foram mandados de volta para casa no fim do protesto.

Ao final do movimento, que reivindica salários atrasados e outros direitos trabalhistas, por volta de 8h os rodoviários tentaram voltar ao serviço, mas deram de casa com os portões fechados nas empresas – numa medida que eles acreditam ser uma retaliação coordenada, já que tudo indica que os pontos dos trabalhadores podem ser cortados.

Como consequência da ação dos diretores das empresas em fechar os portões, as paradas de ônibus de Macapá permaneceram lotadas durante toda manhã.

A Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac) reagiu e anunciou que vai notificar a empresas. O presidente do órgão, Andrei Rêgo, disse que foi pego de surpresa com a notícia.

Ele afirmou que a situação é resultado da briga entre patrão e empregado. E explicou que como não existem empresas interessadas em entrar no sistema, não há ônibus reserva.

Usuários relatam mais de duas horas de espera. Foto: André Silva

“Não existe empresa que queira arriscar sem o processo estar licitado. É um tema bem complexo”, lamentou.

Quem também foi pega de surpresa foi a estudante Ester Monteiro, de 27 anos, moradora do Bairro Infraero 1, na zona norte. Quando falou com a reportagem, já estava há uma hora aguardando ônibus.

“Eu não sabia. Eu vim com meu pai. Agora não sei como voltar”, reclamou a estudante.

A reportagem esteve no Centro de Macapá e observou que apenas os coletivos que fazem linha intermunicipal estão rodando. Também entrou em contato as empresas, mas não obteve retorno.

Após protesto, rodoviários deram de cara com portões fechados nas empresas

Reivindicações

O presidente do sindicato dos rodoviários, Cristiano Sousa, afirmou que muitos trabalhadores estão com salários atrasados, alguns não receberam nem o pagamento das férias.

Ele também ressaltou que a falta de ônibus na capital nesta quinta-feira não é culpa dos trabalhadores.

“Depois que terminou as nossas três horas de protesto, os trabalhadores entraram na empresa pra pegar serviço, o patrão mandou todo mundo pra casa porque não ia sair nenhum ônibus pra rodar. Então a greve é por conta do patrão”, denunciou.

Segundo Cristiano, juntas as duas empresas têm 28 coletivos rodando em toda a cidade atendendo bairros da zona norte a zona sul de Macapá.

Seles Nafes
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