Ansiedade, depressão, culpa: psicólogo explica sintomas da co-dependência química

Psicólogo Ericsson Figueira numa das rodas de conversa com parentes de pessoas dependentes no Grupo Ressignificando
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Por SELES NAFES

A busca exaustiva pela reabilitação do dependente químico, na maioria das vezes contra a própria vontade dele, gera um desgaste emocional devastador na família ao ponto de causar o adoecimento dela. A psicologia identifica esse processo como “co-dependência”, tema central do Grupo Terapêutico Ressignificando.

O adoecimento é um processo gradativo, que começa com o cuidado e os esforços diários para ajudar filhos, companheiros e outros parentes próximos a se livrar da dependência. O fundo do poço surge quando o parente passa a não ver sentido na própria vida sem a recuperação do outro.

“Ao longo do tempo, esse processo a vai perdendo um pouco a mão, e esse familiar vai perdendo a noção de si. Nesse sentido, ele começa a apresentar comportamentos negativos na tentativa de sanar todas as necessidades desse dependente. É como se a vida girasse em torno desse processo de ajuda”, explica o psicólogo Ericsson Figueira, fundador do Grupo Ressignificando.

Sintomas

Os co-dependentes normalmente apresentam os mesmos sintomas, sendo os principais o sentimento de culpa e baixa autoestima.

“Negligencia muitas vezes o próprio cuidado. As consequências são severas, como o adoecimento mental muito significativo. Vai apresentar quadros de ansiedade, crise de pânico, quadros depressivos”, alerta.

O psicólogo diz que o parente adoecido também precisa se cuidar, até para ter condições de ajudar o dependente com mais eficiência.

“É na terapia que o co-dependente vai criar essas habilidades”, acrescenta.

Nas rodas, parentes trocam experiências e se fortalecem para a luta

As rodas ocorrem as sextas-feiras. Fotos: Divulgação

O Grupo Ressignificando funciona há duas semanas. Nas reuniões, com mediação do psicólogo Ericsson Figueira (especializado em dependentes químicos), os integrantes trocam experiências, se apoiam e entendem como podem se fortalecer na luta para salvar o parente amado.

O Grupo Ressignificando se reúne todas as sextas-feiras, às 19h, no Instituto Carla Ramos, no Bairro Jardim Felicidade I, na zona norte de Macapá.

Para mais informações: 96 8133-1786.

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