Por OLHO DE BOTO
Um assaltante de bancos, considerado extremamente perigoso, procurado pela Polícia Federal, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Amapá ao resistir à prisão, na manhã deste sábado (4), em Macapá.
Roberto Antônio da Silva, o Preto, de 48 anos, natural de São João do Ivaí, no Paraná, era investigado pela Polícia Federal por assaltos simultâneos a três agências bancárias federais na cidade de Araçatuba, interior do Estado de São Paulo. A PF seguiu os rastros dele por vários estados até achá-lo no Amapá.
O conflito ocorreu no início da manhã deste sábado, no bairro Infraero 2, na casa onde o foragido estava , localizada na Rua Djanira Mendonça Palheta, na zona norte de Macapá, quando agentes federais, acompanhados de militares do Bope, chegaram ao endereço para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão. O 6º Batalhão da PM deu apoio.
Roberto reagiu à prisão e trocou tiros com os militares. Ainda na residência foi preso Silvaney Bispo dos Santos, natural do Estado da Bahia e procurado da Justiça de Rondônia por homicídio.
Após o confronto, agentes federais vasculharam a casa e acharam crachás da Companhia Docas de Santana – órgão portuário a 17 km de Macapá – com a foto de Roberto. No entanto, não há registros de que ele trabalhasse na Companhia. A polícia suspeita que um golpe estava em curso.
Na casa, foram apreendidos celulares, uma porção de maconha e a arma de fogo utilizada por Roberto para reagir à prisão. O material apreendido será enviado à PF em Araçatuba.
Novo cangaço
A ação criminosa que Roberto participou, segundo a PF, na cidade paulista é conhecida como novo cangaço. São ataques de quadrilhas fortemente armadas a agências bancárias. O crime ocorrido em agosto de 2021.
De acordo com a PF, Roberto integrava um bando de 20 criminosos que fizeram um mega assalto simultâneo a 3 agências bancárias, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Safra.
Na ação criminosa, dois moradores feitos de escudo humano e um criminoso em confronto com a PM morreram. Outras cinco ficaram feridas. O assalto durou duas horas, entre ataque às agências, tiroteio e fuga.
A quadrilha incendiou carros para fazer bloqueios e espalhou explosivos ativados por sensores de presença nos perímetros das agências. Os bandidos usavam drones para monitorar a chegada da polícia. Ele3s também fizeram ataques a dois Batalhões da PM. Cinco criminosos foram presos.
Ainda segundo as investigações, Roberto era envolvido com o narcotráfico transnacional. Ele é investigado por tráfico internacional de drogas no Porto de Bacarena (PA) e financiou o planejamento de roubos de mineradoras em Minas Gerais e de garimpeiros irregulares no Pará.