Por ANDRÉ ZUMBI
Cerca de 18 mil famílias de Macapá devem ficar sem o Bolsa Família, benefício que substituiu o Auxílio Brasil, nos meses de março e abril. Entre os motivos estão a inconsistência em dados cadastrais e a saída do beneficiário do perfil de vulnerabilidade social.
Das 18.065 famílias cadastradas, 2.663 tiveram o benefício cancelado porque o sistema segue um algoritmo que entende que elas não apresentam mais o perfil de vulnerabilidade social. Outros 5.575 cadastros estão suspensos.
“Essas que foram suspensas são famílias ribeirinhas ou famílias que moram em área rural ou nas cidades, que se inscreveram no Seguro Defeso da pesca. Eles serão suspensos por determinados meses e depois retornam para o programa”, explicou a coordenadora do Bolsa Família em Macapá, Eliane Teixeira.
Além desses, ainda há 1.297 benefícios bloqueados porque há alguma inconsistência no cadastro. Nesse caso, os dados delas serão averiguados novamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.
Segundo a coordenadora, entre as inconsistências de dados que o sistema pode identificar estão endereços desatualizados e mudança das escolas das crianças. Esses dados devem ser atualizados.
Os outros 9.150 beneficiários, segundo o sistema, não receberão mais porque saíram da extrema pobreza.
“O próprio sistema identificou essas inconsistências e os beneficiários podem nos procurar no Casa do Bolsa ou nos Cras, que são centros de referência para qualquer outros esclarecimentos”, informou Teixeira.