Empresário ficava com dinheiro destinado a pagar boletos, diz polícia

Ele foi indiciado em 24 inquéritos policiais na cidade de Santana, a 17 km de Macapá.
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Da REDAÇÃO

Foi preso nesta sexta (10), o empresário, de 42 anos, dono de um estabelecimento que se propunha a efetuar para a população pagamentos de boletos bancários IPVA, contas energia e luz, entre outras, é acusado de ficar com o dinheiro de clientes, que além de ficarem com os nomes sujos na praça ainda viram as dívidas se tornarem bolas de neve.

O homem, que não teve o nome divulgado pelas autoridades, foi indiciado na quinta-feira (9), pela Polícia Civil do Amapá, por crime de estelionato, em 24 inquéritos. a investigação é da 2ª Delegacia de Polícia de Santana, a 17 km de Macapá.

Segundo a polícia o esquema no agente financeiro denominado Meu Crédito, localizado no Centro de Santana, funcionava desta forma: comprovantes de pagamentos eram gerados, mas os pagamentos eram fictícios, não eram debitados.

Os crimes aconteceram durante os anos de 2021 e 2022. Muitas vítimas só descobriam, o nome já estava negativado pelos serviços de proteção ao crédito, ou através de cobranças por telefones, quando as dívidas já tinham dívidas juros e mora.

Há, aproximadamente, 30 vítimas até o momento, que tiveram prejuízos que variam de R$ 500 a R$ 7 mil. Contudo, segundo as investigações, esse número pode ser muito maior, já que o agente bancário do Meu Crédito informou à polícia que mais de 800 movimentações foram canceladas pelo empresário antes dos pagamentos serem efetivados durante o período.

Durante as investigações, o delegado do caso, Danilo Brito, chegou a representar pela prisão do autor, mas a Justiça negou o pedido, apenas permitiu a interdição do estabelecimento para evitar que mais supostas vítimas fossem prejudicadas. A Polícia fechou o estabelecimento e comunicou o Banco Central do Brasil.

Delegado Danilo Brito pede que mais vítimas procurem a 2ª DP de Santana

Nesta sexta, no entanto, após o caso ser denunciado pelo Ministério Público, a 1ª vara criminal de Santana decidiu pela prisão preventiva e o acusado foi preso em casa, no Bairro Paraíso.

De acordo com o delegado, o empresário ainda tentou incriminar uma funcionária do local, a atendente responsável por receber os boletos e o dinheiro e emitir os comprovantes de pagamento.

Contudo, a polícia descobriu que era o próprio empresário quem pegava o dinheiro do caixa e fazia as movimentações bancárias do estabelecimento

“Ficava a cargo da referida atendente apenas receber o público, gerar o comprovante de pagamento e repassar ao proprietário todas as movimentações que eram realizadas”, confirmou o delegado.

De acordo com ele, a Justiça bloqueou contas e, pode haver até mesmo sequestro de bens do acusado durante o processo, caso não haja valores em espécie para o ressarcimento de todas as vítimas.

Seles Nafes
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