Por MARCELO GUIDO*
Notícias correm pelo vento nem sempre são boas. Essa doeu! Hoje, grande parte das pessoas que conheço perdeu um amigo.
Dos meus 42 anos, Ronaldo Abreu deveria conhecer a uns 30. Desde dos tempos áureos de buscar os óculos da minha mãe, sempre bem guardados. Das noites etílicas, das comemorações e tristezas, passando por histórias homéricas e pires de frios. O charque frito, que amansava a Nega.
Meu amigo Ronaldo nos deixa órfãos. Sim, o acolhimento comigo sempre foi assim: repleto de simpatia, carinho e um sorriso sempre largo.
Das honoráveis bugigangas que ornamentavam o ambiente, cada uma tinha uma história. Dos quadros de clubes, do mural de fotos, do réveillon.
Foste tema de samba, TCC, piadas e estórias. Viveste como sempre quis: no capricho!
Nos deixa em uma segunda-feira, claro, quando geralmente fechavas as portas.
Sai da vida e entra na memória afetiva de todo mundo que um dia teve o privilégio de tua companhia.
Vai como bom ser humano que foste, grandioso, em silêncio. No mais, desejo toda força para meu amigo Brunno Abreu e para tia Liete.
Zé Ronaldo, que todos te brindem da próxima vez e que todos os coiotes uivem por ti nesta noite.
Até mais…
*Marcelo Guido é jornalista, vascaíno, boêmio e amigo do Ronaldo Abreu.