Por ANDRÉ ZUMBI
Depois de 40 dias de intervenção e obras, o Hospital de Emergência de Macapá voltou registrar aumento de internações e ocupação de corredores. Neste sábado (11), o governador Clécio Luís (SD) anunciou a implementação de duas medidas: a “desospitalização” e ocupação da nova recepção com leitos.
O governador explicou que o primeiro plano consiste em dar prosseguimento ao tratamento dos pacientes em casa por meio de uma equipe de saúde composta por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem. Inicialmente, 20 pacientes serão assistidos. São pessoas que aguardam resultado de exames e que podem fazer uso de medicamentos em casa.
“Vamos ter um médico que vai fazer essa prescrição de atendimento domiciliar e uma equipe que vai acompanhar esse paciente em casa, inclusive ministrando a medicação de acordo com que o médico prescrever. Claro que essa é uma medida emergencial para tirarmos o HE dessa condição de atendimento indigno, que é o que mais choca a população”, disse.
O segundo plano consiste em ocupar provisoriamente a nova recepção do hospital, que ficou três vezes maior que a antiga, com 13 leitos novos afim de garantir dignidade a pacientes que se encontravam nos corredores.
“Ficou linda, no entanto, o problema mais crônico do HE é a ocupação dos corredores. Então tomamos duas decisões: enquanto outros espaços ainda não foram concluídos, nós vamos utilizar essa recepção, como lugar mais digno para colocar esses pacientes que estão nos corredores. Gostaria de estar abrindo ela hoje, mas prefiro colocar os pacientes em um lugar mais digno”, considerou o governador.
Dos 20 pacientes que foram selecionados a participar da desospitalização, três já foram para casa e mais 10 já estão sendo selecionados. A secretária de Saúde do Estado, Silvana Vedoveli, garantiu que todos foram avaliados pelos médicos antes de receberem alta.
“Os pacientes são avaliados pelos médicos e se tem pacientes que podem ir para casa a família também é comunicada. Ele assina um termo de que está concordando em ir para sua casa, para dar continuidade ao seu tratamento”, explicou a secretária.
Prazo
O secretário de Infraestrutura do Estado, David Couvre, informou que ainda serão necessários 90 dias para que os trabalhos sejam concluídos.
“As intervenções visam garantir um melhor conforto e ambiente de trabalho. Nesse sentido, nós vamos trabalhando conforme a demanda. A previsão é que a gente trabalhe aqui por mais 60 a 90 dias”, explicou o secretário.