Da Redação
A retomada dos desfiles de escolas de samba de Macapá foi marcada brilho, muito samba, coloridos e brilho, mas também por atrasos, chuva e muita emoção por vários motivos. Além da retomada do evento da Liga das Escolas de Samba após dois anos sem desfiles, as agremiações tentaram caprichar no carnaval. Algumas entraram grandes, com alegorias e fantasias bem acabadas, mas outras entraram incompletas e atrasadas. Mesmo assim, no geral, o Carnaval de 2023 é considerado um marco na festa mais tradicional do Amapá.
Embaixada de Samba Cidade de Macapá
A Embaixada de Samba Cidade de Macapá abriu a 1ª noite de desfiles na Avenida Ivaldo Veras, na noite desta sexta-feira (17). A escola entrou com 48 minutos de atraso, mas levou muita alegria, brilho e colorido na homenagem aos profissionais de saúde que atuaram na pandemia de covid-19.
O tema da agremiação foi “Heróis da Saúde – Gestos de amor, que salvaram vidas”. A escola levou 1.079 brincantes em 10 alas, além de um carro alegórico. E foi exatamente este carro que teve problemas. A alegoria tinha painéis de LED com fotos de personalidades que morreram de covid-19. Entre os homenageados estava o carnavalesco Paulo Rodrigues.
A escola levou 1h30 para se apresentar, extrapolando o limite de 70 minutos.
Império do Povo
A única agremiação de Santana na Liga das Escolas de Samba do Amapá foi a segunda a entrar na Avenida Ivaldo Veras. A Império do Povo contou a história do trigo, o primeiro alimento da humanidade.
O desfile foi aberto por um imenso bolo de aniversário que celebrou os 30 anos da agremiação, com direito a show pirotécnico. A escola caprichou nas duas alegorias e fantasias. Um dos destaques foi o carro abre-alas, que levou a Águia Imperial.
Das oito alas, três estavam coreografadas para defender o tema “A vida é um moinho”. A Império do Povo, que também faz parte do grupo de acesso, levou mais de 1 mil brincantes em 10 alas.
Emissários da Cegonha
Durante a madrugada deste sábado (18), o Grêmio Recreativo Emissários da Cegonha foi a terceira agremiação a passar pela Ivaldo Veras. Foi a primeira agremiação do Grupo Especial a desfilar e teve muitas dificuldades.
A escola defendeu o tema “O novo nasce a cada amanhecer, o que hoje é impossível, amanhã poderá não ser”. A agremiação entrou grande, com mais de 1,5 mil brincantes em 10 alas, dois carros alegóricos e um tripé.
A última campeã do Grupo de Acesso de 2020 teve problemas com o tripé e com o carro alegórico, o que dificultou a evolução na avenida. Mesmo assim, a agremiação surpreendeu levando o famoso retrato de Monalisa no segundo carro alegórico, sendo “pintado” em tempo real. A escola também estourou o tempo de apresentação em 4 minutos.
Universidade de Boêmios do Laguinho
Boêmios do Laguinho foi a quarta escola a desfilar, também pelo Grupo Especial. A escola empolgou as arquibancadas com o samba campeão do festival de enredo deste ano. O tema foi “Mestre Benè: Rei da Boemia, o bamba fundador de uma nação”.
A escola levou muitos efeitos visuais para avenida, papel picado e até uma manobra que trocava os membros da comissão de frente. Boêmios do Laguinho homenageou a história e o respeito às religiões africanas. Algumas, no entanto, estavam incompletas.
A escola levou dois grandes carros alegóricos e 1,2 mil brincantes em 10 alas. O último título do Carnaval do Amapá foi em 2014.
Maracatu da Favela
A verde e rosa do Amapá encerrou a primeira noite de desfiles no sambódromo, no início da manhã deste sábado. O Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu da Favela, do Grupo Especial, levou uma grande caixa de Marabaixo para avenida na defesa do enredo que homenageou as religiões africanas.
O carro abre-alas em branco e prata impressionou pelo tamanho. As alas levaram muito brilho em verde e rosa, mas também apostando no azul, branco e dourado.
A Maracatu foi a única a enfrentar muita chuva, estourando o tempo em 4 minutos.