Por ANDRÉ ZUMBI
O pai da criança de 3 anos que morreu após ser atropelada no município de Oiapoque, na quarta-feira (22), expressou toda a sua indignação em entrevista ao Portal SelesNafes.Com, após a libertação da mulher que conduzia a motocicleta que causou a tragédia. Ele quer que a acusada, que é cozinheira em um garimpo da região, aguarde presa o restante do processo.
Após o acidente, a motociclista identificada como Sângela Maria Peixe de Sá, escondeu-se em uma propriedade rural, mas foi encontrada pela polícia e conduzida ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) de Oiapoque, a 590 km de Macapá, para prestar depoimento. Em seguida, foi liberada. A detenção ocorreu mais de 24h depois do homicídio.
Charles Nilson de Sousa, pai da Ágata Micaeli de Sousa, contou que tudo aconteceu por volta de 18h, quando ele, a esposa e as duas filhas estavam voltando para casa depois de terem comprado o jantar.
Ágata estava segurando a mão da mãe, mas soltou para acompanhar a irmã mais velha, que ia um pouco mais a frente.
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Parentes fizeram apelo por justiça nas redes
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Moto foi apreendida pela polícia. Foto: Reprodução
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Sângela foi detida, mas liberada após depoimento
“Ela correu e se afastou alguns centímetros para a rua. A moto vinha por trás de nós. A mãe dela gritou pra ela parar pra não ir pra rua. Ela parou, virou e olhou pra nós, e a moto passou por cima dela”, detalhou o pai.
O advogado da família da vítima, Jean Medeiros, defende que a prisão preventiva da cozinheira é necessária para assegurar a aplicação da lei penal já que, para ele, há sérios riscos da acusada fugir do município.
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Charles Nilson ao lado do advogado da família, Jean Medeiros
“A argumentação é simples, encontra-se fundamentada pelo Art. 312 do CPB: quando houver prova de existência do crime e indícios suficientes da autoria. Em razão da acusada ser cozinheira em garimpo, o risco de ela evadir-se do distrito da culpa é muito alto, a medida correta a pedir-se é a prisão preventiva”, argumentou.