Deputada Liliane Abreu é alvo de operação contra fraude eleitoral no Amapá

As ordens judiciais foram cumpridas nos municípios de Macapá e Tartarugalzinho, onde os policiais também vasculham a sede da prefeitura.
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Da REDAÇÃO

Agentes federais cumprem, nesta manhã terça-feira (14), 7 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional do Eleitoral do Amapá (TRE-AP), pedidos pela Procuradoria Regional Eleitoral.

Duas ordens judiciais foram cumpridas em Macapá e cinco em Tartarugalzinho, município foco da operação, onde os policiais também vasculharam a sede da prefeitura e de duas empresas.

A investigação apura indícios de fraude eleitoral na campanha de 2022 da deputada estadual Liliane Abreu (PV), esposa do atual prefeito, Bruno Mineiro (PV), e ex-secretária de saúde da cidade.

De acordo com nota divulgada pela Polícia Federal, a prefeitura de Tartarugalzinho firmou contrato com uma empresa, no mês de junho de 2022, para pavimentação asfáltica na cidade no valor de R$ 11 milhões.

Agentes chegam em endereço em Macapá, atrás da escola Tiradentes. Fotos: Ascom/PF

Agente analisa documentos dentro de endereço em Macapá

Uma outra empresa foi constituída em setembro de 2022, pouco antes das eleições, por um funcionário da prefeitura de Tartarugalzinho, lotado na Secretaria de Administração do município.

A investigação identificou que esse servidor selecionava algumas pessoas cadastradas junto ao Sistema Integrado de Monitoramento de Eventos (SIME) do município – plataforma que registra e acompanha eventos em saúde pública – para trabalharem nas empresas, no mesmo canteiro de obras.

A PRE verificou indícios de que empregados contratados para a realização da obra foram utilizados em divulgação de atos de gestão municipal e da campanha de Liliane Abreu, como bandeiradas, caminhadas, distribuição de panfletos e propaganda eleitoral.

Deputada Liliane Abreu informou que se pronunciará em breve. Foto: Ascom/Alap

Mas o crime mais grave teria sido em relação aos empregados das empresas, que teriam sido coagidos, sob ameaça de terem o ponto cortado, para participarem das reuniões, bandeiradas, passeatas e caminhadas, além de se comprometerem a votar e dar apoio à então candidata.

Segundo a PF, os crimes investigados são de corrupção eleitoral, abuso de poder político e econômico, gasto ilícito de recursos e captação ilícita de votos.

A Assessoria do prefeito Bruno Mineiro e da deputada Liliane Abreu informaram que se trata de ação cautelar sigilosa e que as defesas ainda não tiveram acesso autos. No entanto, afirmaram que se pronunciariam posteriormente.

Seles Nafes
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