Filha de dona de joalheria assaltada é presa por envolvimento no crime

Caso ocorreu em janeiro de 2022, no município de Oiapoque, a 590 km de Macapá.
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Da REDAÇÃO

A última integrante de uma quadrilha responsável por um roubo de meio milhão de reais em ouro e dinheiro foi presa, pouco mais de um ano após o crime.

A acusada, uma mulher de 28 anos, era procurada desde o início das investigações do assalto a uma empresária, dona de uma joalheria no município de Oiapoque, a 590 km de Macapá.

O crime ocorreu na madrugada do dia 9 de janeiro de 2022, quando 5 homens fortemente armados invadiram a casa da empresária e, após muitas agressões físicas à família, fugiram com 1,5 kg de joias em ouro e R$ 19 mil em espécie, tudo no valor estimado de R$ 500 mil.

Desde aquele dia, as Polícias Civil e Militar iniciaram uma caçada à quadrilha, que teve alguns integrantes presos e outros mortos em confrontos.

A última deles, foi a filha da vítima, presa na última terça-feira (28), no Bairro São Lázaro, zona norte de Macapá, pela equipe da 2ª DP da capital. Ela estava com a prisão preventiva decretada e foi encaminhada ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). O nome dela não foi divulgado pelas autoridades.

Mulher de 28 anos foi presa no Bairro São Lázaro. Foto: Ascom/PC

De acordo com o delegado Átila Rodrigues, que chefiou toda a investigação sobre o caso, o bando se hospedou em um hotel vizinho à joalheria, para observar a movimentação de funcionários da proprietária, mãe da acusada presa na terça.

O planejamento inicial era atacar a loja, mas os bandidos avaliaram que a segurança do empreendimento iria dificultar a ação criminosa. Eles, então, decidiram fazer o assalto na casa da vítima.

Após o roubo, a polícia identificou o primeiro suspeito através de recibos de pagamentos de compras de água e refrigerantes feitos no hotel via pix. Ele foi preso horas depois do roubo.

Armas e drogas apreendidas na casa do homem que escondia o bando em Vila Vitória

A polícia resolvei fechar o cerco e montou bloqueios nas saídas e entradas da cidade. Dois dias depois, quatro suspeitos morrerem em confronto a PM no Ramal de Vila Vitória, distrito de Oiapoque, depois que eles furaram uma das barreiras policiais em um táxi, modelo Pálio, para tentar fugir da cidade.

No segundo bloqueio, o condutor do táxi parou o veículo e saiu com as mãos levantadas e se jogou ao chão. Os ocupantes já desceram do veículo disparando e correndo em direção à área de mata. Os PMs revidaram e os criminosos foram atingidos e morreram no hospital da cidade.

A PM apreendeu três armas que teriam sido usadas pelos suspeitos: uma garrucha de calibre 22, e dois revólveres 38, as mesmas usadas no assalto a casa da empresária.

Naquela mesma noite, um homem de 34 anos foi preso em Vila Vitória. Segundo a polícia, foi na casa dele que a quadrilha se escondeu após o roubo. No local, a polícia apreendeu haxixe e um colete balístico.

Já em 2022, o sexto suspeito de participação no crime morreu em confronto com o Bope, em Macapá.

Delegado Átila Rodrigues chefiou toda a investigação sobre o caso

“Durante a investigação, a gente conseguiu descobrir que a filha da dona da joalheria estava também envolvida no roubo. À época dos fatos, ela morava já há bastante tempo em Macapá e fazia alguns anos que não aparecia em Oiapoque, nem para visitar a família. Mas no dia do roubo ela apareceu na cidade. Aí descobrimos que ela foi quem deu informações sobre empreendimentos e quem atraiu essas pessoas para cá para roubar a própria mãe”, enfatizou o delegado Átila.

A polícia acredita que a mulher entrou para o mundo do crime ao se envolver amorosamente com um traficante, que foi preso em Oiapoque em 2019.

Seles Nafes
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