Mães de jovens que lutam contra o câncer são homenageadas por ONG

Homenagem foi em alusão ao Dia da Mulher. Muitas precisam largar tudo para ir em busca do tratamento do filho fora do Amapá.
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Por ANDRÉ ZUMBI

Mães de jovens que lutam contra o câncer no Amapá foram homenageadas pela ONG Carlos Daniel, sediada no Bairro Buritizal, zona sul de Macapá. A programação ocorreu no último sábado (11) e foi realizada em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.

O Amapá não tem estatística de crianças e adolescentes em tratamento de câncer. A ONG Carlos Daniel, no entanto, acompanha atualmente 56 famílias.

Elilde da Costa Maciel, de 43 anos, é mãe do Gabriel Vitor, de 14 anos. Quando os primeiros sintomas do câncer apareceram, em 2017, ele tinha 12 anos: um inchaço no joelho que nunca desinflamava. Ela acreditava que ele havia sido provocado por um baque durante um jogo de futebol, esporte preferido do garoto.

“Mas já era o câncer, que estava no osso dele e a gente não sabia”, lembrou.

ONG fica no Bairro Buritizal. Fotos: André Zumbi/SN

Antes do café da manhã, a administração e as mães fizeram um momento de oração

Mães são assistidas pela ONG na luta contra o câncer

Presidente da ONG Carlos Daniel, Agenilson

Um dia depois de sair do Hospital de Emergência de Macapá, um raio x no joelho do garoto apontou que havia algo errado. Após uma análise médica mais específica constatou-se que se tratava de um tumor. Diante do quadro da saúde pública no Amapá, Elilde foi alertada a sair do estado em busca de tratamento para o filho.

“A minha saída do estado foi proporcionada pela ONG Carlos Daniel. O Agenilson foi um anjo que Deus colocou na nossa vida”, disse, emocionada, a mãe.

Gabriel teve a perna amputada. Hoje ele vive para os esportes. É paratlela e já venceu várias competições.

Diretora administrativa da ONG, Priscila Nascimento, considera importante valorizar as mães, que são as principais acompanhantes das crianças

Mães se reuniram na sede da ONG

A diretora administrativa da ONG, Priscila Nascimento, considera importante valorizar as mães, que são as principais acompanhantes das crianças.

“Muitas precisam largar tudo, abrem mão das suas vidas para ir com as crianças em busca de tratamento fora do estado. É uma homenagem pela força delas e dedicação que acaba sendo integral em prol da cura dos filhos”, resumiu.

Seles Nafes
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