Por SELES NAFES
O vereador de Macapá Caetano Bentes (Rede) negou, na tarde desta sexta-feira (31), que tenha feito algum empréstimo com o empresário Décio Santos, dono da Sião Thur. A justiça mandou executar o parlamentar em R$ 328 mil (em valores corrigidos), referente a uma promissória que o vereador alega ser falsa.
De acordo com o processo movido pelo empresário na 5ª Vara Cível de Macapá, o vereador pediu R$ 100 mil emprestados no dia 8 de maio de 2018, e assinou uma promissória que foi anexada na ação. Em agosto do ano passado, Décio Santos ajuizou uma ação de cobrança.
A justiça, em 1ª instância, determinou a penhora de bens do vereador, mas nada foi encontrado pelos oficiais de justiça. Agora, o empresário está pedindo o bloqueio de contas.
“Nunca fiz negócio com o Décio, não devo esse valor. Peguei até um susto porque eles apresentaram uma promissória de 2018, que normalmente perde a validade depois de 3 anos. Entrou na justiça no ano passado pra inventar uma dívida. Vou provar no processo judicial que eu não devo”, garantiu o vereador.
Caetano Bentes foi além, e afirmou que a promissória é falsa, e que os empresários de ônibus são acostumados a fraudar planilhas para aumentar a passagem de ônibus. No início de fevereiro deste ano, o Sindicato das Empresas de Ônibus (Setap), entidade presidida por Décio, foi condenado pela justiça por “engordar” as planilhas de custos para superfaturar a tarifa em Macapá. As fraudes teriam ocorrido entre os anos de 2008 e 2020. O Setap teria cobrado mais de R$ 6,4 milhões dos passageiros.
“O Setap é acostumado a fraudar a meia passagem, o valor da tarifa e já foram condenados por isso. É uma retaliação política porque eu tenho feito tudo para que a licitação possa ocorrer, como a audiência pública na Câmara de Vereadores”, acrescentou.