Por ARTEMIS ZAMIS, articulista e empresário
Desde o descobrimento até hoje, nossa história se confunde entre ética, moral e bons costumes. Passamos pela vergonha da matança dos povos originários pelos bandeirantes, pela vergonha da escravidão, pela vergonha das humilhações às mulheres, a vergonha da ditadura que matou por uma mentira imposta de que o comunismo ameaçava o país.
Dizem que a história se repete. Será? Bom, se a história se repete ou não, o fato é que hoje, vivenciamos a maior e mais tosca polarização já vista em nossa tão controversa história. Eu sempre costumo comparar certas polarizações com a história da Alemanha de Hitler, que quando ascendeu ao poder tinha já em mente o genocídio de judeus, ciganos, pretos, deficientes.
Para tanto, sua principal arma foi nada mais nada menos que algo simples, mas muito eficaz: a mentira. Seu plano incluía um dos maiores nomes para o ministério da propaganda nazista, o eficiente e grande orador, Joseph Goebbels.
Goebbels, devoto fanático de Adolf Hitler, é autor da memorável frase “Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. Esta célebre frase hoje nos leva a refletir sobre o papel devastador que as Fake News exercem sobre o indivíduo e a sociedade como um todo.
As fakes têm sido usadas no mundo todo, e é assim desde que o mundo é mundo, com menos intensidade no passado e agora a todo vapor. No Brasil, se tornou uma espécie de Bíblia para certos grupos políticos e até não políticos que não medem esforços para disseminar com maestria notícias de calúnias, difamação, ódio e distorções de todo tipo.
Na Alemanha nazista, se valiam do rádio e dos tabloides confiscados para a prática. Hoje, temos a contribuição das redes sociais que, como terra sem lei, aceitam o que lá for colocado.
As notícias falsas são o câncer a ser vencido ou teremos em breve uma sociedade de zumbis inebriados por discursos de ódio cada vez mais latentes em nosso meio. Combater as fake news é uma tarefa e responsabilidade de cada um de nós. Seja você de que lado for na política, vista-se da honra e busque a qualquer custo a verdade seja ela qual for.
Nossa família é a base de tudo e é dela que temos que cuidar. Não conheço pai ou mãe de bom senso que queira uma família desajustada e inconsequente, queremos sim nossa prole bem-educada para enfrentar os desafios que o futuro sempre nos impõe.
Não podemos, em hipótese alguma, nos curvar a discursos de ódio repletos de notícias propositadamente distorcidas. Temos que combater políticos que usam a prerrogativa da imunidade parlamentar para mentir e enganar alegando uma suposta liberdade de expressão.
Não, não podemos aceitar que esses tais nos façam acreditar nesta falácia. A liberdade de expressão tem limites e seu limite é onde começa o cometimento de crime.
É chegado o momento de pararmos e refletirmos sobre o que queremos de país para nossos filhos e netos. Não precisamos de ideologias. Paz, Educação, trabalho e liberdade é o que precisamos.