Reforma longa derruba movimento na Praça do Coco, reclamam comerciantes

Autônomos arriscam em dizer que a queda nas vendas ultrapassa os 70%
Compartilhamentos

Por ANDRÉ ZUMBI

Comerciantes da Praça do Coco, localizada na Beira Rio, Centro de Macapá, afirmam que houve uma queda brusca nas vendas depois que a reforma da Praça Jaci Barata, iniciou. As obras não tem data para acabar e a cada dia que passa os empresários não veem outra alternativa para conseguir o sustento da família.

A praça do Coco é uma das opções de recreação e ponto de encontro dos macapaenses e turistas que visitam a cidade. O espaço foi entregue no início dos anos 2000 e parte dos microempresários que ocupam o local dependem diretamente da renda para sustentar suas famílias.

Estrutura que isola a praça atrapalha movimento, dizem comerciantes. Fotos: André Zumbi/SN

Raimundo Campos, de 67 anos, trabalha nas dependências da praça Beira Rio há 27 anos. Quando a Praça do Coco foi inaugurada, ele foi beneficiado com um quiosque. Durante todo esse tempo vem tirando o sustendo da família dali. Um dos momentos mais difíceis, ele lembra, foi na pandemia. Porém, desde o fechamento da praça em frente para reforma, o movimento se tornou pior.

“Passamos aqueles dois anos de pandemia. Depois que a pandemia passou vieram e fecharam essa praça. Antes ela já tinha sido fechada, mas só nos dois anos que passaram, foi o suficientes para o movimento cair. Caiu quase 70% o movimento. Antes essa cerca (tapume), estava mais recuado mas de uns dias para cá eles esticaram mais. Não tem onde os carros estacionarem e o pessoal da batata sofre bastante também”, afirmou o comerciante.

Raimundo Campos: queda brusca do movimento

Raimundo Pereira dos Santos, de 65 anos, trabalha no local há 25 anos. Ele conta que o movimento na Praça já foi melhor e também culpa a obra na Jaci Barata pela queda nas vendas. O autônomo afirma que os clientes que chegam de carro no local para consumir, não encontram lugar para estacionar.

Ele também denunciou que parte do estacionamento que fica na lateral dos quiosques, próximo à Escola de Administração Pública do Estado, foi tomado por brinquedos infláveis.

“Jogaram esse paredão (tapume) para o meio da rua e diminuíram a rua. Deixou a situação bem difícil. Estamos aqui só para reparar os quiosques. O movimento caiu muito mesmo. Ainda tem o pessoal que montou os brinquedos aqui do lado. Eliminaram o estacionamento que ainda tinha”, reclamou o empresário.

Raimundo Pereira: situação difícil

Na última quarta-feira (8), o portal Selesnafes.com esteve no canteiro de obras da construção da praça. Na ocasião, a reportagem falou com o responsável pela empresa que toca os trabalhos, que afirmou que vem encontrado dificuldade em receber o valor do que já foi realizado e que a Prefeitura de Macapá não finalizou o serviço de terraplanagem, parte fundamental para o avança da reforma.

Estrutura de brinquedos…

… atrapalha estacionamento

Procurados para falar sobre a ocupação irregular do estacionamento da Escola de Administração, nenhum proprietário de brinquedo quis gravar entrevista.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!