Da REDAÇÃO
Em busca de recursos para a produção de biocombustível e investimentos para o Porto de Santana, a 17 km de Macapá, o governador do Amapá, Clécio Luís (SD), foi à Brasília, onde se reuniu com o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) – é vice-presidente da República e estava como presidente em exercício.
A reunião ocorreu no Palácio do Planalto. Também esteve presente o secretário nacional de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg.
No encontro, o governante amapaense destacou o potencial do Estado para a produção de biocombustíveis e exportação e importação das Docas de Santana, devido à sua localização geográfica favorável.
Clécio exaltou vantagens como a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, a Zona Franca Verde – corredor de importação. O estado integra ainda a Zona Franca de Manaus.
“Esses benefícios, ao nosso ver, podem dar origem a um processo industrial a partir das matérias-primas locais, como, por exemplo, a produção de biocombustível através da mandioca. É uma condição que pode ser potencializada por meio do Ministério da Indústria e Comércio”, pontuou o governador.
A intenção é que os investimentos alcancem principalmente os produtos oriundos de comunidades tradicionais, indígenas, da agricultura familiar e complementada pelo agronegócio.
Porto
O escoamento da produção abrange o Porto de Santana, que, conforme o governador, é uma das perspectivas de desenvolvimento econômico para o Amapá, por meio da localização estratégica na Foz do Rio Amazonas, e a entrada do Brasil mais próxima dos Estados Unidos, do Canal do Panamá e da Europa.
Em reunião com o Ministro de Estado de Portos e Aeroportos, Marcio França, o Porto de Santana também foi assunto.
Além de localização estratégica, os incentivos fiscais também atraem interesses. Por entender que o Porto de Santana é um motor da economia amapaense, o Plano de Governo de Clécio prevê usar o local como entreposto comercial.
A intenção também é implantar, em parceria com a Prefeitura, o retroporto/terminal logístico e fomentar a criação de uma unidade de armazenamento e de distribuição de combustíveis na região, proporcionando condições para que investimentos privados sejam aplicados no Amapá.
“O ministro sugeriu uma experiência de um porto tripartite, onde o Município de Santana, o Estado do Amapá e o Governo Federal possam investir, desenvolvendo a região e atraindo investimentos. Nós apostamos no potencial estratégico que tem o Porto de Santana e recebemos agora um aceno muito positivo para tocar esse projeto”, Clécio.