Por SELES NAFES
Com apenas 39 anos, o vice-governador do Amapá, o economista e professor universitário Antônio Teles Júnior (PDT), é visto como um dos gestores chaves do atual governo. Desde o primeiro dia da nova gestão, ele participa e as vezes conduz agendas econômicas, além de representar o governador Clécio Luís (SD) em diversas oportunidades.
Os dois, aliás, não se falam todos os dias, até por causa da extensa agenda diária do governador. No entanto, procuram manter a sintonia em assuntos específicos e técnicos, com Teles estando presente em várias ações.
O vice-governador hoje participa de grupos de trabalho, ajuda na interlocução com o BNDES e é sempre ouvido nas questões que envolvem entidades públicas importantes, como a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a Agência Amapá, dois dos órgãos mais estratégicos da engenharia econômica do novo governo.
Telinho, como é chamado dentro do governo e no PDT, foi duas vezes secretário de Estado (Planejamento e Cidades) e presidente da Agência Amapá, além de ter batido na trave na eleição de 2018, quando teve mais de 10 mil votos para deputado federal.
Os mais próximos dizem que Clécio tem confiança no vice, e dá a ele liberdade nas agendas. A relação é facilitada também pela relação política, já que o PDT continua na base de apoio do governo.
Ao contrário do empresário Jaime Nunes (PSD), que indicou gestores nos primeiros meses do 4º mandato de governo Waldez (2018/2022), Telinho preferiu deixar o partido se entender com o governador.
O economista também quebra uma série histórica de inatividade e rupturas entre vices e titulares nos primeiros 100 dias de governo.
Essa maturidade política e a postura sempre à disposição têm feito Telinho ser visto como um nome com potencial para concorrer às eleições municipais de 2024.
O grupo de Clécio, aliás, ainda não tem um integrante com musculatura para enfrentar o atual prefeito da capital, Dr Furlan (MDB), que com certeza tentará a reeleição.