Ex-conselheiro acusado de torturar a filha diz ser vítima de retaliação após divórcio

Defesa de Marlon Douglas afirma que ex-esposa o denunciou por não aceitar a segunda separação do casal
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Por SELES NAFES

A defesa do conselheiro tutelar indiciado pela Polícia Civil do Amapá sob a acusação de ter torturado a própria filha, no município de Pedra Branca do Amapari (187 km de Macapá), diz que vai provar a inocência dele.

Marlon Douglas alega ser vítima de uma retaliação arquitetada pela ex-esposa, que estaria inconformada com a separação do casal.

Marlon Douglas teve o mandato cassado no dia 8 de março pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão que fiscaliza os conselhos tutelares, após recomendação do Ministério Público do Estado. Ele estava sendo investigado num inquérito de tortura da filha, que tinha 13 anos.

O crime teria ocorrido em agosto do ano passado. Marlon teria ficado irritado ao chegar em casa e encontrar a filha com amigos. A menina teria sido forçada a ficar nua e de joelhos para uma sessão de espancamento com um galho de árvore. No dia 27 de março, Marlon foi indiciado por tortura.

Apenas em novembro, quase três meses depois, é que a mãe da menina decidiu procurar a delegacia de polícia para denunciar o caso.

Surra com galho de árvore estaria sendo usada como retaliação após separação

 

A advogada Malu Souza, que cuida da defesa do ex-conselheiro, procurou o Portal SN para afirmar que as acusações de tortura e comportamento violento são uma retaliação pelo processo de divórcio solicitado por Marlon Douglas.

“A ex-companheira dele não aceita a separação, e ela tá usando todos os meios possíveis para prejudicá-lo. Já houve um processo de divórcio anterior que foi suspenso porque ela insistiu em reatar. Ela está tentando prejudicar usando a filha em desfavor dele. Eu pedi até pra fazer uma avaliação psicológica dele dentro desse processo e na Vara de Família”, explicou a advogada Malu Souza.

A defesa não comentou sobre as agressões que deixaram marcas no corpo da adolescente. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público. Um processo de divórcio corre na Vara de Família.

Seles Nafes
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