Governo oferece 8,6% a professores, mas categoria mantém greve

Paralisação entrou no 5º dia. Reajuste oferecido pelo GEA seria pago em duas parcelas, sendo a primeira em abril e o restante a partir de setembro.
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Por ANDRÉ SILVA

O governo ofereceu 8,6% de reajuste aos profissionais da educação, mas a categoria rejeitou a proposta e decidiu continuar a greve, que chega no seu 5º dia nesta terça-feira (18).

O aumento contraproposto pelo Executivo seria dado em duas vezes, sendo o primeiro reajuste de 5,6%, pago ainda no final de abril, e a o complemento de 3%, pago a partir de setembro. 

Segundo o secretário de Administração, Paulo Lemos, na reunião de segunda-feira (17), representantes do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), apresentaram proposta de reajuste de 33,06% – que, segundo a categoria, poderia ser pago em três parcelas, com a 1ª ainda em abril, a 2ª em julho e a 3ª em setembro. 

“A proposta é inviável para o governo do estado. Sabemos de todas as perdas salariais de anos e anos. A gente não contesta isso. Mas, infelizmente, nós não temos condições. Estamos pouco mais de três meses na gestão e não temos condições, ainda, de chegar a essa proposta”, justificou Lemos.

Professores decidiram manter a greve. Foto: Divulgação

Kátia Cilene rejeita a contraproposta do GEA. Reunião selou o impasse entre o governo e a categoria

Segundo ele, há a possibilidade – dependendo da reação da economia – desse reajuste de 8,6% ser ainda maior até dezembro. Mas tudo depende do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) apresentar um crescimento maior que em 2022.

“Infelizmente esses números, hoje, não são favoráveis. O crescimento de recurso do Fundeb comparado a 2022, está bem menor. Ele está crescendo, mas é bem menor, e aí, está a nossa preocupação”, lamentou.

Secretário de Estado da Administração, Paulo Lemos “Infelizmente esses números, hoje, não são favoráveis”. Foto: André Silva/SN

A presidente do Sinsepeap, Kátia Cilene, classificou a proposta do governo como inviável. Ela falou que o servidor ganha pouco e mal tem dado para suprir as necessidades básicas.

“O servidor já ganha uma miséria. A categoria rejeita essa proposta e, na semana passada, a assembleia deliberou pela continuidade da greve”, protestou.

Seles Nafes
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