Da Redação
Representantes do BNDES estarão no Amapá ainda nesta semana para acompanhar de perto a crise na Jari Celulose que ameaça cerca de 4 mil empregos no Vale do Jari. A informação foi repassada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que mediou encontro com o presidente do banco Aloísio Mercadante, nesta segunda-feira (3).
O encontro reuniu representantes do governo do Amapá preocupados com a possibilidade de falência total da empresa, numa crise que se arrasta desde antes da pandemia. Atualmente, o salário de salário chega ao oitavo mês.
O BNDES é o principal credor da fábrica que funciona no limite entre os municípios de Almeirim (PA) e Laranjal do Jari (AP), e que também gera empregos na vizinha Vitória do Jari.
O encontro teve a participação do governador Clécio Luís (SD), dos prefeitos Márcio Serrão (Jari), Ary Duarte (Vitória do Jari) e Maria Lúcia (Almeirim), e de Mauro Santos, responsável pela recuperação judicial da Jari, além da presidente da Alap, Alinny Serrão (UB).
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues, o atraso de salários atinge direta e indiretamente cerca de 120 mil habitantes da região.
“A presença de representantes das três esferas de governo na reunião dá noção da importância do tema para a região e para o Brasil inteiro, dada a posição estratégia do nosso Estado no país e para o tema do desenvolvimento sustentável. Estou certo de que encontraremos uma solução”, ponderou Randolfe.
O presidente do BNDES informou que a assessoria técnica do banco sabe da situação, e vem pensando alternativas dentro dos limites da legislação.
“O BNDES tem o maior interesse possível em que a fábrica da Jari Celulose não vá à falência e está convencido da importância da continuidade do projeto na região. Estamos aguardando uma análise técnica que deve trazer a avaliação sobre a viabilidade das operações da empresa”, afirmou Mercadante, deixando claro que também é necessário o interesse de outros credores da empresa para uma possível renegociação de dívidas.