Por ANDRÉ SILVA
O governador do Amapá, Clécio Luís (SD), assinou neste sábado (8) a ordem de serviço para construção do 1º Centro de Radioterapia do Estado. A unidade terá o inovador tratamento da braquioterapia, que combate os tumores de forma mais localizada.
O centro vai cobrir uma lacuna importantíssima no tratamento da doença, que faz muitos pacientes buscarem auxílio em outros estados, como Pará, São Paulo ou Ceará. Atualmente, o estado oferta apenas a quimioterapia, que nem sempre é o suficiente.
A unidade será construída em uma área que fica atrás do Hospital do Amor, no Bairro Infraero II, zona norte da capital. Terá mais de 1.200 metros quadrados de área construída. O custo será de pouco mais de R$ 12 milhões, e mais R$ 3,6 milhões em equipamentos. Os recursos foram articulados pelo senador Davi Alcolumbre (UB).
Para o governador Clécio Luís (SD) é um momento histórico para o estado. Ele afirmou que o Amapá estava fora do circuito de tratamentos com rádio e braquioterapia no país, acompanhado de Roraima. Mas a realidade mudou.
A construção do Centro de Radioterapia do Amapá está sendo possível, de acordo com o governador, porque o estado aderiu ao programa do Governo Federal para o tratamento do câncer. Destacou ainda, a articulação do GEA e do senador Davi Alcolumbre, que começou ainda na gestão do ex governador Waldez Góes (PDT).
“Eu estou tendo a honra de finalizar esse processo burocrático. Há 20 dias atrás fizemos os alinhamentos finais do projeto e agora vamos para a obra propriamente dita. O prazo para conclusão é de um ano e esperamos cumprir esse prazo para que em 2024 tenhamos o tratamento de radioterapia, definitivamente no estado”, reforçou o governador.
A secretária de Saúde do Estado, Silvana Vedovelli, explicou que a unidade estará equipada para receber pacientes infanto-juvenis e até adultos. Afirmou que o governo terá uma redução bastante considerável no custo com pacientes que procuram o tratamento fora do estado.
“É um dos custos mais elevados em virtude de passagens e estadia, fora o desconforto de sair do seu lar. Esse é um ganho muito grande para o estado. É algo que nós almejávamos e que agora será uma realidade dentro de doze meses”, considerou.
Algumas instituições que apoiam paciente com câncer no Estado foram convidadas para a solenidade. Entre elas estava a Federação Amapaense de Organizações Contra o Câncer (FEAPOC), que concentra ONGs que apoiam pacientes oncológicos no estado.
“Para nós é um momento histórico e já sonhado. Um dos únicos estados que não tinham o tratamento completo contra o câncer, e agora vendo a possibilidade de implantação do tratamento de fato, é ótimo. Espero que dentro de um ano já tenhamos esse serviço em pleno funcionamento no Estado”, avaliou Lúcia Damasceno, presidente da entidade.