Quadrilha envia amapaenses com cocaína dentro do corpo à Europa, diz PF

A organização criminosa providenciava toda logística de passagem e hospedagem de Macapá (AP) até São Paulo (SP), de onde partiam voos para a Europa.
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Da REDAÇÃO

A Polícia Federal no Amapá investiga uma organizada quadrilha que recruta pessoas para levarem drogas do Brasil para a Europa dentro do próprio corpo – as chamadas mulas humanas.

Nesta terça-feira (18), agentes federais partiram de Macapá, via fluvial, para a comunidade ribeirinha de Afuá (PA), onde cumpriram dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados a dois investigados, de 29 e 42 anos. A ação foi chamada de Operação Hidden.

Segundo a PF, a quadrilha alicia pessoas do Amapá que tenha coragem de engolir cápsulas de cocaína e viajarem para o velho continente.

A investigação iniciou com a prisão de dois brasileiros por tráfico internacional de drogas, ocorrida no dia 19 de outubro de 2021, na capital portuguesa, Lisboa (POR). Um deles era morador de Serra do Navio, a 200 km de Macapá. Ele teria engolido 65 cápsulas de cocaína pura.

Agentes procuram endereço na ilha de Afuá. Fotos: Ascom/PF

De acordo com a investigação, a organização providenciava toda logística de passagem e hospedagem de Macapá até São Paulo (SP), de onde partiam voos internacionais.

De lá, um membro da organização fazia contato e entregava a droga para ser ingerida. Ele também era responsável pelo fornecimento de todo o aporte necessário, como compra de roupas e malas, para deixar as mulas humanas com visual mais luxuoso e, assim, levantar menos suspeitas.

Agentes foram de Macapá à comunidade ribeirinha cumprir mandados de busca

A ação desta terça investiga dois homens suspeitos de serem a célula da quadrilha no Estado do Amapá. Um deles é ex-servidor público de Serra do Navio (AP), município de origem de uma das mulas humanas flagrada pelo polícia portuguesa em Lisboa.

Os crimes investigados são de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa, que, somados podem resultar numa pena de até 48 anos de cadeia.

Seles Nafes
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