Acusado de morte de paciente após cirurgia plástica, deputado tem inquérito arquivado

Citando investigação do CRM, promotor de justiça concluiu que não houve erro médico e nem negligência de Dr Púpio
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Por SELES NAFES

O deputado federal Dr Púpio (MDB-AP), que é médico cirurgião, teve o inquérito por homicídio culposo arquivado por decisão da juíza Luciana Camargo, da 1ª Vara Criminal de Macapá. A magistrada acatou parecer do Ministério Público que disse não ter visto indícios de negligência ou imperícia do médico.

A cirurgia estética ocorreu num Hospital da Vila Amazonas em maio de 2020. A paciente foi submetida a vários procedimentos, entre eles uma lipoaspiração da papada, plástica no abdômen e nos seios. A paciente recebeu alta no dia seguinte e voltou para casa.

Dez dias depois, a paciente passou a sentir falta de ar e dores pelo corpo. Consta no inquérito policial que, acionado pela família, o médico foi até a residência da paciente para examiná-la, e concluiu que ela precisava ser transferida para um leito de UTI. O médico conseguiu a vaga no Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá, para onde ela foi levada. No dia 24 de maio, a paciente faleceu de infecção e trombose pulmonar. A família denunciou o médico à polícia e ao Conselho Regional de Medicina.

No entanto, o CRM concluiu que durante a cirurgia não houve intercorrências e nem indícios de erro médico, e que os procedimentos foram feitos apenas depois da realização de exames necessários.

O conselho também entendeu que o médico prestou assistência à paciente, indo até a residência para examiná-la, e ainda garantiu o leito de UTI e medicamentos.  

“(….) Não deixou de proceder e apresentar conduta esperada para a situação, nem com imperícia, possuindo qualificação técnica para realizar o procedimento, tampouco imprudência, solicitando e analisando os exames necessários para a realização do procedimento cirúrgico”, comentou o promotor de justiça João Paulo Furlan, que assina o pedido de arquivamento do inquérito.

Citando o CRM, o promotor também concluiu que o médico usou todos os meios possíveis para promover a saúde da vítima, sem infrações ao Código de Ética Médica.

Dr Púpio foi eleito pelo MDB, em 2022, para ocupar uma cadeira de deputado federal. 

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