Por ANDRÉ SILVA
A pequena Sophia Costa Paes, de apenas 9 meses de vida, vem aprendendo desde cedo a lidar com as dificuldades. Ela nasceu com lábio leporino e no 28º dia de vida, um cisto apareceu no olho direito. Logo depois, do lado esquerdo também.
A família é muito carente. É da região do Pacuí, distrito a 120 km de Macapá. De acordo com a mãe da bebê, Mirian Andreza, de 18 anos, o pré-natal não apresentou nenhuma alteração.
O parto dela aconteceu na Maternidade Mãe Luzia, no Centro da capital. Após o nascimento, a família retornou para ao distrito. Dias depois, quando os cistos apareceram, sem recursos para cuidar da Sophia, os pais decidiram voltar a Macapá em busca de ajuda.
Atualmente, o pai trabalha como chapeiro em uma lanchonete, fazendo hambúrguer. O dinheiro praticamente só dá para o aluguel da casa onde estão hospedados, que custa R$ 500.
A criança tem febre constantemente, não mama, apenas se alimenta por mamadeira.
“Logo que ela nasceu, a gente entrou em desespero porque não esperava que ela nascesse assim. Agora a gente está correndo atrás dos cuidados pra ela. É uma luta. Ela quer coçar os olhos e a gente não pode deixar, ela chora muito”, relatou a mãe da Sophia.
A agricultora Alcilene Costa de Sousa, de 40 anos, avó de Sophia, não aguentou ver o sofrimento da neta. Decidiu deixar tudo para trás e veio para Macapá ajudar a filha.
Segundo ela, o médico que atendeu a criança, em um ambulatório do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), a encaminhou para a Unidade de Oncologia do Amapá (Unacon).
De lá, foram encaminhadas para o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate, Capuchinhos, para o Programa Mais Visão. A consulta vai acontecer no dia 2 de junho.
De acordo com ela, o médico disse que a criança deve passar por duas cirurgias para fazer correção nos lábios, porque nasceu sem o ‘céu da boca’. Muito emocionada, a avó lamenta a condição da neta. Ela pede ajuda.
“Eu tenho andado com ela procurando ajuda [pausa para o choro]. A gente precisa de alimentação porque estamos sem condições para comprar. Ela precisa de fralda, de leite [chora novamente]. Quem quiser vir aqui pra conhecer ela, pode vir”.
Para se manter, a família depende de doações e do dinheiro que o pai de Sophia ganha como chapeiro. A menina também depende de medicação, fralda, e principalmente alimento.
Para visitar a família ou enviar ajuda, doadores podem entrar em contato pelo telefone 96-98132-0461.