Por SELES NAFES
O Ibama disse não ao petróleo na costa do Amapá, mas a tendência de uma reviravolta é enorme. Por isso, os moradores de Oiapoque, cidade a 590 km de Macapá, presenciam um crescimento nos negócios como há muito tempo não era visto. A corrida dos investidores é principalmente por compra de lotes urbanos.
Fontes da cidade consultadas pelo Portal SN nesta sexta-feira (26) confirmaram que lotes urbanos e bem localizados, que antes custavam entre R$ 50 e R$ 70 mil, hoje chegam a R$ 120 mil. E estão sendo bastante vendidos. O principal interesse de corretores e investidores é a construção de vilas de quitinetes, que depois poderão ser alugados para empresas prestadoras de serviço atraídas pela atividade de petróleo.
Mas também há muita procura para a construção de pousadas e estabelecimentos comerciais. Uma grande importadora de Macapá de eletrônicos e eletrodomésticos fincou os pés em Oiapoque e está finalizando os preparativos para abrir a primeira loja. Também há pousadas em processo de ampliação, com a construção de novos quartos apartamentos.
O movimento também é muito grande no modesto aeroporto, que sempre se resumiu a ser uma pista de pouso e um galpão. Hoje, o terminal recebeu investimentos e foi ocupado por guichês de empresas aéreas, especialmente transportadoras.
Se a Petrobras, impulsionada por um enorme lobby técnico e político, conseguir reverter o processo de licenciamento e iniciar a pesquisa e exploração na costa do Amapá, Oiapoque ocupará rapidamente o posto de terceira maior economia do Amapá, ficando atrás apenas de Macapá e de Santana.
No entanto, o crescimento dos negócios também precisa ser acompanhado de uma escalada no investimentos do poder público, especialmente em segurança, saúde e infraestrutura.