Por ANDRÉ SILVA
Professores da rede municipal de ensino de Macapá passaram a manhã do sábado (27) sendo capacitados para atuarem ainda melhor em sala de aula. A literatura infantil e educação antirracista, está entre os temas abordados, que deverão ser desenvolvidos com os alunos do primeiro e segundo período do ensino fundamental.
O curso faz parte do programa Criança Alfabetizada, do Governo do Amapá, que tem como objetivo fazer com que as crianças na idade entre 6 e 7 anos sejam alfabetizadas logos nas primeiras séries.
Com o eixo de formação ‘O lugar da ciência na educação infantil e a Literatura Infantil e a educação antirracista’, os formadores do programa apresentaram ferramentas pedagógicas lúdicas.
O coordenador do programa em Macapá, Bruno Marcelo Costa, explicou que a ideia é fazer com as crianças criem conexões por meio das ferramentas para melhor aprendizagem.
“Ele (o curso) tem essa perspectiva de fazer com que os professores se apropriem de ferramentas, estratégias e índices, para que possam elaborar suas aulas. Para que o aluno não chegue nas séries mais à frente sem saber decodificar as palavras”, explicou.
A formadora Cleidia Prado, responsável por elaborar essas ferramentas, explicou que neste sábado foi trabalhada a temática pautada nos documentos norteadores da educação infantil que são: as diretrizes curriculares da educação infantil, a Base Nacional Comum Curricular e o caderno de orientações pedagógicas para os professores da educação infantil, elaborado pela professora Ângela Ubaiara.
“Se você visitar as salas vai ver que está tudo ornamentado para esse eixo da literatura, trazendo uma ambientação com brinquedos, bonecas negras, para que essa criança possa se sentir representada, ali, no ambiente escolar. As formações, para que os professores desenvolvam nas salas, são pensadas dentro do eixo das interações e brincadeiras que são eixos que norteiam todo o fazer pedagógico da educação Infantil”, salientou a formadora.
Atualmente o município de Macapá tem aproximadamente 8.000 crianças matriculadas nos primeiros e segundos períodos. A secretária de educação de Macapá, Monick França, apontou que o desafio é desconstruir nas crianças toda e qualquer forma de discriminação. Ela reforçou que a formação vai ajudar com que o município tenha índices melhores de educação.
“A criança tem uma facilidade de aprender rapidamente. Esses valores que envolvem esse contesto de discriminação precisam ser desconstruídos desde a mais tenra idade para que essa criança no futuro venha a ser um cidadão de bem que respeite a pluralidade humana. É um processo de alfabetização é um processo continuo”, argumentou.