Por ANDRÉ SILVA
As férias escolares estão novamente chegando e com elas as brincadeiras típicas dessa época, que necessitam de cuidados e fiscalização. É o caso das pipas.
A brincadeira toma um tom mais sério porque quem as empina ainda insiste em fazer uso de linhas chilenas ou cerol, criando perigo. Para evitar acidentes, a Guarda Civil Metropolitana de Macapá começou a intensificar a vigilância e já recolheu material proibido.
A ação do órgão é chamada de ‘Pipa sem cerol’ e ocorre todos os anos nos períodos de férias escolares. Geralmente, esse tipo de brincadeira é praticado por crianças, adolescentes e algumas vezes por adultos, em logradouros públicos.
Os principais alvos dos guardas são as linhas conhecidas como chilenas. Elas têm um alto poder cortante, capaz de mutilar uma pessoa. As principais vítimas são motoqueiros e ciclistas.
Uma lei municipal proíbe, também, o uso de linha encerada, mas não a brincadeira. A comandante da Guarda, Joeva Reis, lembrou que o recomendado é que as pessoas brinquem em locais com menos fiação elétrica e sem fluxo de veículos. Ela alerta para o risco de atropelamentos.
“Porque a criança usa o instinto durante a brincadeira. No dado momento que a pipa é cortada, a criança quer correr, quer pegar, então o local para ela brincar tem que ser com menos fluxo de veículo. Se não tiver fluxo nenhum é até melhor. Nosso trabalho é voltado para a conscientização de como brincar de forma segura e consciente”, esclareceu a comandante.
As ações estão geralmente concentradas em balneários e demais logradouros públicos. Além disso, há inspeção, prevenção e orientação ao uso do produto adequado.
“Todos que gostam de empinar pipa têm que saber que o material que deve ser utilizado é a linha comum, não se pode colocar em uma brincadeira algo que possa trazer dano à vida de terceiros”, orientou a comandante.
Na semana passada, durante uma programação da Prefeitura de Macapá no Mercado Central, a Guarda apreendeu mais de 40 rolos de linha com cerol. O material será destruído.