Por ANDRÉ SILVA
Começaram nesta sexta-feira (02) as comemorações pelos 80 anos de criação do Amapá, celebrado no dia 13 de setembro para lembrar o desmembramento do estado do Pará, e a fundação do Território Federal. Na cerimônia, no Palácio do Setentrião, houve o lançamento do selo institucional em alusão a data, confeccionado pelos Correios.
A estatal fez um ato simbólico ao carimbar o selo, como forma de lançamento. A arte é de autoria do artista plástico e ilustrador amapaense Ralfe Braga.
O senador Randolfe Rodrigues foi o responsável pelas tratativas de criação do selo comemorativo, em consenso com a Secretaria de Cultura do Amapá (Secult).
Ele adiantou que, além do selo, acontecerão outros eventos que marcarão essa data como a reabertura da Residência Oficial, o retorno da Expor-Feira e a Feira Literária Nacional. Tanto os eventos como as obras estruturais de reforma, acontecerão em parceria com a bancada federal.
“Nós não podíamos deixar uma data como essa passar. Os 80 anos servirão para reflexão, mas também para melhorar a vida do nosso povo. Teremos um ano de celebrações apontando como nós queremos estar quando o Amapá completar 100 anos de criação”, destacou o senador.
Para o presidente dos Correios, está sendo muito importante para a empresa fazer esse registro histórico do Amapá. Ele ressaltou que os Correios completam 360 anos de criação e têm uma história de trabalho no estado.
“Pra nós tem um significado muito importante em fazer parte desse momento. É uma obra desenvolvida por um artista local, um selo muito bonito. Veio num momento certo até porque a empresa passa por um momento de transformação”, avaliou o presidente dos Correios, Fabiano Santos.
O governador Clécio Luís reconheceu que poucas pessoas enviam cartas ultimamente, mas que a homenagem tem um valor simbólico considerável. Ele informou que as comemorações oficiais começam em 2 de julho deste ano e vão até 13 de setembro de 2024.
“Será um ano e três meses de muito debate sobre a história do Amapá, sobre como chegamos até aqui, como chegamos nessa configuração societária tão diversa como árabes, portugueses, judeus, nordestinos enfim, imigrantes de todos os lugares, para nos tornamos uma sociedade muito misturada, com presença marcante de negros indígenas. Qual a nossa condição atual e como queremos estar no futuro”, enfatizou o governador.
Ele disse que em todo o processo a juventude será ouvida.
“Não é possível que se comemore 80 anos tratando só com os antigos, com ar do saudosismo. Queremos ouvir a juventude porque ela faz parte dessa história e nas mãos dela é que estará nosso futuro”.