Por CAROLINA MACHADO
O sucesso do Projeto Mais Sorrisos, que levou cuidados de saúde nunca antes experimentados por indígenas da longínqua Aldeia Aramirã, na Terra Wajãpi, a 300 km de Macapá, agora vai alcançar, também, comunidades quilombolas e ribeirinhas do Amapá.
A coordenadora da iniciativa, Priscilla Flores, que é primeira-dama do Amapá, explicou a realidade enfrentada pelas pessoas dessas comunidades para ter acesso a serviços essenciais.
Para ela, devido à localização geográfica distante dos centros urbanos dessas comunidades, o projeto surge como uma luz no fim do túnel, que leva cuidados e sorrisos às minorias tradicionais.
“A dificuldade deles de acesso é praticamente a mesma. Essas comunidades muitas vezes estão distantes de centros urbanos e enfrentam grandes desafios para obter tratamento odontológico adequado”, afirmou.
Ela disse estar determinada a transformar o Mais Sorrisos em um programa de governo, o que permitirá à iniciativa se tornar mais duradoura, com ações regulares e contínuas. Ela acredita que a transformação oficial abrirá portas para novos parceiros e incentivos, ampliando o alcance do projeto.
“Para isso, vai ser feito um balanço do que é viável formatar como ações perenes, que aconteçam periodicamente. Com a transformação em programa, o projeto poderá ganhar mais parceiros e mais incentivos”, reforçou.
A próxima edição do projeto está sendo planejada para acontecer na região de Oiapoque, no extremo norte do estado. No 2º semestre deste ano, haverá uma visita aos territórios indígenas da região de Oiapoque, onde a equipe terá a oportunidade de conhecer as localidades e escolher o local central da próxima ação.
A data exata ainda não está definida, pois depende da agenda da ONG Doutores da Amazônia, a principal parceira do projeto, que realiza ações em outros estados da Amazônia.
Na primeira edição do Mais Sorrisos na Aldeia Aramirã, mais de 1.180 indígenas foram atendidos. Eles receberam procedimentos odontológicos, consultas médicas e exames.
Além disso, a equipe do projeto incluiu profissionais de diversas áreas, como psicólogos, fisioterapeutas, pediatras e assistentes sociais. Tudo isso foi possível graças ao trabalho voluntário dos Doutores da Amazônia e dos profissionais da rede pública do Estado e do município de Pedra Branca do Amapari, onde a Terra Wajãpi fica localizada.