Da REDAÇÃO
Diariamente, profissionais como carteiros, coletores de lixo e leituristas enfrentam diversos riscos.
Os leituristas de contas de água e luz passam por esses perigos na capital, especialmente com ataques de cães, sejam de estimação ou de rua. Por isso, uma parceria da PM do Amapá com a CEA Equatorial – concessionária de distribuição de energia elétrica do Amapá – está preparando esses profissionais para lidar com essas situações.
Segundo a empresa, os trabalhadores enfrentaram, em média, três ataques de cães por semana, totalizando cerca de 15 ocorrências por mês. A capacitação da primeira turma foi feita na terça-feira (18) com instrutores militares do Canil do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O curso teve uma abordagem teórica seguida de atividades práticas para vivenciar as situações e aprender a lidar com a investida dos animais. Os instrutores abordaram o comportamento e a psicologia canina. Em seguida, aulas práticas sobre como prevenir e escapar de ataques.
Segundo o comandante do Canil, capitão Lino Medeiros, mais do que as atividades policiais de combate a grupos criminosos e ao tráfico de drogas, com o trabalho dos cães para faro de drogas, armas, busca e captura, além de guarda e proteção, a instituição também oferece informações sobre esses os animais para os cidadãos.
“Ter cão em casa é uma responsabilidade. Com alimentação, saúde e, naturalmente, com o comportamento com outras pessoas. Não se pode deixar que, por um desleixo na educação do animal, que outras pessoas e profissionais sejam lesionados. É muito importante que as pessoas em suas residências, sempre que forem receber alguém em casa, tenham esse cuidado”, alertou o capitão.
Veja as dicas dos militares:
Alguns ataques podem ocorrer inesperadamente, mas, em outros, antes da investida do animal ele pode apresentar sinais de que vai partir pra cima da vítima, como latido, mostrar os dentes, pelo arrepiado e olhar fixo.
Não corra
Pode parecer estranho, mas essa é uma das principais dicas diante de um ataque canino. Este comportamento estimula o instinto de caça do cachorro que passa a ver a vítima como uma presa.
Não olhe diretamente nos olhos do animal
Encarar o cão faz com que ele se sinta desafiado, e essa situação piora quando ele sente que o território dele foi invadido. Essa atitude estimula a agressividade do bicho.
Proteja os órgãos vitais
Para minimizar os riscos, importante proteger as regiões da cabeça, pescoço e barriga. “Quando o ataque é irremediável, ‘ofereça’ um dos braços, o lado que tenha menos força, para que possa se sustentar e se manter em pé, tirando assim a atenção do animal do pescoço, por exemplo, e conseguir ajuda”, concluiu o capitão Lino Medeiros.