Medicamentos desviados da rede pública eram vendidos em farmácias e clínicas

PF cumpriu três mandados nesta quarta-feira (5) e encontrou uma grande quantidade de medicamentos na residência de um dos investigados
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Da Redação

Policiais federais no Amapá cumpriram mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (5), num inquérito que investiga o desvio de medicamentos de unidades básicas de saúde (UBSs) e de pronto atendimento (UPAs). O produto era negociado com farmácias e clínicas de Macapá.

As UBSs são administradas por prefeituras e as UPAs são responsabilidade do governo do Estado. A Operação Hipertrofia cumpriu três mandados de busca nos bairros Jardim Felicidade, Renascer e Zerão, em residências de prestadores de serviços e funcionários terceirizados de uma empresa responsável por separar e distribuir medicamentos.

Segundo as investigações, eles desviavam medicamentos do Departamento de Assistência Farmacêutica de Macapá (Dafa).

Um dos funcionários era motorista da empresa, e teria iniciado com ele o esquema de desvio de medicamentos, máscaras, luvas e testes de covid-19, entre 2020 e 2021, anos mais críticos da pandemia.

De acordo com a PF, o inquérito aponta que o armazenamento era feito no carro dele e em uma casa alugada. Em seguida, outras pessoas compravam e revendiam a farmácias e clínicas.

Policiais cumpriram mandados em três endereços de funcionários terceirizados. Foto: PF/Divulgação

Várias caixas de testes rápido foram apreendidas

“Tudo indica que a prática ocorreu entre os anos de 2020 à 2021, no auge da pandemia. Um dos investigados possui ligação com uma mulher que já foi alvo da Operação Anestesia, que também investigou a prática ilícita de desvio de medicamentos”, informou a PF.

Dois funcionários do depósito também são investigados. O Portal SN apurou que, durante o cumprimento dos mandatos de hoje, policiais encontraram uma grande quantidade de medicamentos em uma das residências. A suspeita é de que os medicamentos são remanescentes das remessas desviadas durante a pandemia.

Os suspeitos podem ser condenados por peculato e associação criminosa, com penas que podem chegar a 15 anos.

Seles Nafes
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