Por CAROLINA MACHADO
Uma pane nas frequências de comunicação da torre de controle do Aeroporto Internacional de Macapá Alberto Alcolumbre causou o cancelamento de voos que viriam para a capital amapaense na madrugada desta sexta-feira (14).
Uma fonte consultada pelo Portal SelesNafes.com afirmou que o problema ocorreu nas faixas 118,00, que é a frequência da própria torre, e 119,00, usada para o controle de aproximação de aeronaves.
“São duas frequências distintas. Uma é a frequência da torre, que controla aquilo que ela enxerga. Ela que dá a autorização de pouso e decolagem e a movimentação no solo. E tem também o Controle de Aproximação, que organiza a chegada e a saída das aeronaves num raio de 35 milhas náuticas no entorno do aeródromo. Nessa situação, as duas entraram em pane”, explicou a fonte, que não quis ser identificada.
De acordo com ela, por questões de segurança, as aeronaves não puderam aterrissar em Macapá e, por isso, tiveram que ‘alternar’, procedimento realizado pelas aeronaves quando elas não conseguem pousar no destino por questões adversas. Dessa forma, os voos são direcionados para aeroportos alternativos que ofereçam segurança no pouso. Nesse caso, os voos alternaram para Belém (PA).
“Por conta disso, os voos que estavam previstos para saírem de Macapá ainda pela madrugada foram cancelados”, afirmou.
Ainda pela manhã desta sexta-feira foi restabelecida a frequência da torre, a 118,00 e, o suficiente para restabelecer os serviços.
“Com uma frequência, já dá pra fazer os dois serviços, que é o que a gente chama de acumular as duas frequências em uma só. E com isso, os voos já estão funcionando normalmente. Mesmo assim, acredito que ainda hoje já consigam restabelecer as duas”.
Direitos do Consumidor
Por conta do cancelamento de voos, os agentes do Instituto de Defesa do Consumidor no Amapá (Procon) foram ao aeroporto verificar se as companhias aéreas cumpriram o que a Agência de Aviação Civil (Anac) estabelece para esses casos.
De acordo com a chefe de Fiscalização do Procon, Lana Cristina Silva, assim que o órgão tomou conhecimento do ocorrido, as equipes se deslocaram ao local para fiscalizar se as companhias aéreas estavam prestando apoio aos passageiros em relação à alimentação, acomodação, transporte, de acordo com o que rege a Anac.
“Alguns consumidores reclamaram da demora do atendimento e transtornos por falta de hotel para eles serem acomodados, pois a maioria não reside no Estado. Mas isso foi resolvido e a empresa foi notificada”.
A chefe de fiscalização reforçou que se algum passageiro se sentir lesado e não tiver suporte da companhia área, o Procon está disponível nos números 151 ou 3312-1021. O órgão fica localizado na Avenida Henrique Galúcio, esquina com Rua Jovino Dinoá, bairro Central.