Por LEONARDO MELO
Quando o assunto é tratamento para dependência química, profissionais em saúde mental são unânimes em afirmar que a maior referência do Amapá no assunto é o Caps AD, o Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas. No entanto, o imóvel onde o serviço funciona não tem o aluguel pago há mais de 12 anos, e o espaço não oferece condições de atender 435 pacientes com dignidade e conforto.
O imóvel fica localizado no cruzamento da Avenida Cora de Carvalho com a Rua Hamilton Silva, no Centro de Macapá, e pertence a um empresário que está cobrando os valores devidos na justiça, segundo apurou o Portal SN.
O Caps tem uma equipe completa de 45 profissionais, entre eles pessoal de enfermagem, clínicos, psiquiatras, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas. A maioria dos pacientes tem dependência de drogas como cocaína e crack. E alguns possuem sequelas permanentes derivadas do uso prolongado de drogas, como dificuldades motoras e transtornos mentais. No entanto, todos buscam tratamento voluntário.
O tamanho da casa não permite um atendimento ágil. O imóvel possui apenas três salas e quase nenhuma mobília para as consultas e rodas de conversa conduzidas pelos terapeutas.
“A gente chega a esperar 1h30 para ser atendido”, queixa-se um paciente.
As atividades físicas estavam sendo realizadas no quintal, mas o terreno, que fica perto de uma grande fossa sanitária, passou a ficar deformado e assustou os pacientes com medo de um possível desabamento.
Mesinha
Não há refeitório, apesar de refeições e lanches serem servidos pelo Caps todos os dias. Na hora de se alimentar, os pacientes são acomodados numa mesinha para no máximo 6 pessoas também no quintal.
“Quando chove ninguém consegue ficar aqui”, lembra uma paciente.
Servidores consultados pelo Portal SN disseram que foram informados pela Sesa que o Estado aguarda a liberação de recursos para a construção da sede definitiva numa área doada pela prefeitura de Macapá, mas ainda sem data.