Por SELES NAFES
O ex-presidente do MDB do Amapá, Gilvam Borges, apresentou contestação no processo em que é acusado de não prestar contas do fundo partidário no valor de R$ 410 mil. Na manifestação, ele diz que não tinha recursos para encomendar uma prestação de contas e pede a inversão da condenação.
A nova executiva estadual do MDB, comandada pelo deputado federal Acácio Favacho, eleita no último dia 2 de agosto, afirma que não encontrou qualquer documento demonstrando onde o dinheiro foi aplicado, entre janeiro e dezembro de 2022. O juiz Moisés Diniz, da 5ª Vara Cível de Macapá, determinou que Gilvam apresentasse contestação.
Na manifestação, o ex-presidente afirma que nos primeiros anos de 2023 a executiva nacional decidiu trancar recursos após denúncia de que ele estaria tomando decisões à revelia e com desprezo aos filiados, além de desgastar a imagem do partido.
“Como que o requerido iria pagar contador para fazer toda a documentação de prestação de conta se inativaram o partido e tiraram na força do braço o requerido da presidência?”, questiona a peça apresentada pela defesa.
Mais da metade da contestação é usada por Gilvam para criticar a eleição da nova executiva.
No mais, a defesa tenta inverter a situação exigindo que o atual presidente seja condenado preste contas dos recursos.
“As documentações que o requerente (Acácio) está exigindo do requerido podem ser solicitadas pelo site dos referidos órgãos e instituições, sem qualquer problema Excelência”, afirma a defesa, sem mencionar quais instituições poderiam fornecer comprovantes de despesas da gestão passada.