Por OLHO DE BOTO
Agentes da Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) cumpriram, na manhã sexta-feira (18), 6 mandados de busca e apreensão para investigar uma facção criminosa que proibia assaltos na região para não atrair o policiamento ostensivo.
As buscas foram feitas no Iapen e no bairro Infraero, na zona norte em Macapá. A ordem do grupo criminoso objetivava evitar a presença da polícia para não atrapalhar a comercialização de drogas. A ação foi batizada de Operação Incursio.
Durante o cumprimento de um dos mandados na localidade Ilha mirim, no bairro Infraero, um investigado, de 31 anos, foi preso em flagrante, por tráfico de drogas. Na residência dele havia papelotes de crack embalados para a venda. Ele foi encaminhado para a sede da PF em Macapá. O nome dele não foi divulgado pelas autoridades.
Segundo a Polícia Federal, a ação é um desdobramento da Operação Andes, na qual um homem de 34 anos foi preso por vender drogas na barraca de batatas de sua esposa, na orla de Macapá. Ele também fornecia para um ‘parceiro’, que vendia o entorpecente em um ponto turístico da cidade, no Mercado Central.
Durante as investigações, a FTSP identificou um grupo virtual de faccionados, com o fim exclusivo de preparação e acertos de diversos crimes de roubos, tráfico de drogas e outros. Era através do grupo que a facção organizava a vigilância de policiais, estrutura, regramento e controle, com foco e atuação na zona norte da cidade.
Na investigação de hoje, os agentes identificaram que uma das regras era a proibição de roubos a membros de uma igreja e de se vangloriar por ter sido apadrinhado por alguém da facção. No caso de descumprimento destas regras, os envolvidos poderiam ser expulsos da facção ou até punidos com a própria vida.
Além do comércio de cocaína e a maconha, há indícios de roubos e furtos em outros bairros da zona norte.