Fenômeno assusta e deixa prejuízos no interior do Amapá

Segundo o serviço de meteorologia do Amapá, ventos vieram do Pará.
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Por IAGO FONSECA

Moradores dos municípios de Vitória do Jari e Laranjal do Jari, no sul do Amapá, passaram apertos na noite de terça-feira (22), por conta de uma tempestade com ventos fortes que destelhou casas e outros prejuízos após atingir a região. A Defesa Civil foi acionada para dar suporte às famílias.

Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver o momento em que uma casa é destelhada, enquanto outra já não possui a proteção.

“A gente está lutando aqui em casa, molhou tudo, está igual a uma cachoeira”, conta uma moradora que exibe o interior da sua casa com todos os bens encharcados.

O fenômeno foi o fim de uma tempestade que atingiu o Pará e passou pelos municípios, segundo o meteorologista do Instituto de Pesquisas Científicas do Amapá (Iepa), Jefferson Vilhena.

Ele explica que chuvas torrenciais, com ventos em grande velocidade e trovoadas, são frequentes entre os meses de agosto, setembro e outubro devido ao acúmulo de nuvens pelo período de estiagem.

As chuvas com essa característica são comuns na Amazônia. Os Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) são sistemas de nuvens acumuladas de 30 a 40 milímetros de água mensais, que se formam muito rapidamente.

“Muitas vezes pode ser previsto tempo aberto e de repente surgir uma nuvem que se desenvolve rapidamente e pode causar esses estragos”, conclui o metereologista.

Imagem de software meteorológico mostra aproximação da tempestade no sul do Amapá

As tempestades individuais, quando se unem em uma região de calor, formam os CCM, que podem durar de 6 a 12 horas, normalmente nos períodos noturnos.

Seles Nafes
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