Por IAGO FONSECA
Os tripulantes do helicóptero do Distrito Sanitário Indígena (Dsei), que estava desaparecido há 3 dias na floresta amazônica, foram resgatados na tarde desde sábado (19).
Eles foram resgatados e trazidos para capital do Amapá em um helicóptero da Força Aérea, que pousou na pista do Hangar do governo estadual, no aeroporto de Macapá, aproximadamente às 15h.
O comandante da aeronave, tenente-coronel, Josilei Gonçalves de Freitas, o engenheiro da Funai, José Francisco Vieira, e o mecânico, Gabriel Assis Serra, estão sem ferimentos graves. Apresentam somente algumas escoriações pelo corpo e fraqueza.
Ao aterrissar em Macapá, foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que utilizou três ambulâncias na recepção, na pista comum do aeroporto. Receberam soro e os primeiros atendimentos. Também foram coletadas, lá mesmo, amostras para testes de glicemia. Todos estão estáveis.
A imprensa teve dificuldade para registrar a chegada. Num momento inicial, até a mãe do mecânico, Vanessa Serra, que veio de Minas Gerais para o Amapá recepcionar o filho sobrevivente, foi impedida de acessar a pista.
Segundo o comandante Prado, do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Amapá, ainda não há informações sobre como eles se alimentaram durante as 72 horas na mata, mas por se localizarem próximo ao rio Iratapuru, entre os municípios de Pedra Branca e Serra do Navio, tiveram como manter a hidratação necessária.
“A experiência do comandante Gonçalves foi imprescindível para a sobrevivência deles. Em um relato breve ele disse que a aeronave sofreu pane elétrica e que foi feita a mandobra de pouso, preservando a bateria. Ainda serão avaliadas as condições para resgate e perícia do helicóptero. Ainda não há informações sobre resgate e perícia da aeronave caída na floresta”, informou o secretário de Segurança Pública do Amapá, José Neto.
Do hangar, os três foram levados para mais exames e observação no Hospital de Emergência de Macapá. A secretária de saúde do Amapá, Silvana Vedovelli, informou que eles foram para sala de emergência para consultas com a equipe médica.
“No primeiro momento, não há sinal de fratura em nenhum dos pacientes. Todos os exames necessários serão feitos em cada um deles, após isso será avaliado se receberão alta ou se serão mantidos internados. Mas estão conscientes, todos orientados”, descreveu Vedovelli.