Por SELES NAFES
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá marcou para esta quinta-feira (10) o julgamento da ação de investigação eleitoral que tem como alvo a deputada estadual Edna Auzier (PSD), reeleita no ano passado para o terceiro mandato. Ela é acusada de compra de votos e pode perder o mandato.
De acordo com os autos do processo movido pelo Ministério Público Eleitoral, policiais abordaram um Ford Ka preto com cabos eleitorais da deputada no dia 30 de setembro no Bairro dos Congós, na zona sul de Macapá.
Dentro, uma das ocupantes guardava R$ 11 mil no sutiã, além de material de campanha e listas com nomes, endereços, dados pessoais e pedidos de eleitores de vários municípios. Ela também afirmou em depoimento na Polícia Federal que o dinheiro seria do marido, que é gerente de um site de apostas de Macapá. Ele confirmou isso em depoimento.
O Portal SN pediu um posicionamento da defesa da parlamentar, mas não houve manifestação.
Constam no processo diálogos de cabos eleitorais da campanha manifestando preocupação com a apreensão de cestas básicas em um atacarejo da zona sul, dias antes. A defesa está alegando (no processo) que as provas são ilegais, especialmente prints do WhatsApp dos celulares apreendidos.
O julgamento terá sustentação oral do procurador eleitoral Pablo Bertrand. Ele afirma na ação que a tese da ilegalidade das provas está equivocada, “pois não se trata de print de
conversa por aplicativo de mensagem, mas de informação obtida a partir da extração dos dados dos aparelhos telefônicos apreendidos”.
O MP eleitoral está pedindo a condenação da deputada à perda do mandato, e que ela fique inelegível.