Ação de proteção a mulheres registrou 461 ocorrências no Amapá

Somado esse número a outras ocorrências no ano, o Amapá chegou a 4,207 mil casos de violência contra a mulher.
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Por IAGO FONSECA

As ações da operação Shamar registraram 461 ocorrências de violência doméstica e familiar contra mulheres no Amapá. As quantidades de denúncias e prisões foram divulgadas na manhã desta sexta-feira (15) pelas Polícias Civil e Militar.

Somado esse número a outras ocorrências no ano, o Amapá chegou a 4,207 mil casos de violência contra a mulher.

Durante a Shamar, também houve 383 solicitações de medidas protetivas, 28 inquéritos instaurados, 19 prisões em flagrante, apreensão de 10 armas de fogo e 40 munições, oito cumprimentos de mandado de prisão e três de busca e apreensão.

“Conseguimos abranger, com a operação, mais de 30 mil pessoas em 9 municípios. Tivemos um excelente resultado. Violência psicológica foi a maior registrada, mas ela abrange todas as outras. O agressor não tem classe social, é a cultura que desenvolvemos ao longo do tempo que culminou nessa violência que observamos hoje de maneira mais intensa”, declarou a delegada Marina Guimarães, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher.

Delegada Marina: “O agressor não tem classe social, é a cultura que desenvolvemos ao longo do tempo que culminou nessa violência que observamos hoje”. Fotos: Iago Fonseca

Na área educativa, foram realizadas 29 palestras sobre o ciclo da violência nos municípios, para que a população saiba identificar os padrões de agressão, segundo a delegada.

No município de Pedra Branca do Amapari foram realizadas maiores atividades de conscientização, prevenção e repressão, sem ocorrências graves.

“Atendemos mais de 200 homens, entre eles alguns que já saíram do Iapen. Também demos apoio às vítimas, encaminhando para delegacia, hospital e casas de apoio”, explicou a secretária municipal de políticas para mulheres de Pedra Branca do Amapari, Rafaela Bugarim.

Para a tenente Waldenice Santos, coordenadora da patrulha Maria da Penha na região metropolitana de Macapá, o papel da rede de atendimento à mulher é de suma importância para que o enfrentamento da violência e atendimento às vítimas seja fortalecido.

“Essa união entre os órgãos faz com que a rede se fortaleça para levar informação com exatidão para a sociedade”, conclui a tenente.

Secretária municipal de políticas para mulheres de Pedra Branca do Amapari, Rafaela Bugarim, e tenente Waldenice Santos, coordenadora da patrulha Maria da Penha

Operação Shamar

Iniciada em 21 de agosto e concluída na quinta-feira (14), a operação foi promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em todo o país, com uma atuação integrada entre as forças de segurança e da Rede de Atendimento à Mulher de cada estado.

Com ações preventivas, educativas, ostensivas e repressivas em todo o Amapá, com maior foco na capital Macapá e nos municípios de Santana, Porto Grande, Ferreira Gomes, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Itaubal e Cutias.

O nome “Shamar”, em hebraico, significa cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar.

Seles Nafes
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