Prefeitura explica intervenção no transporte coletivo de Macapá

A CTMac irá gerenciar por 90 dias os setores administrativo, mecânico e financeiro das empresas Capital Morena e Amazontur.
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Por IAGO FONSECA

Após assumir administrativamente o comando de duas empresas de transporte público na capital amapaense, a Prefeitura de Macapá explicou, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (22), como funcionará o sistema de ônibus que atende cerca de 40 mil usuários na cidade.

A Companhia de Trânsito de Macapá (CTMac) irá gerenciar por 90 dias os setores administrativo, mecânico e financeiro das empresas Capital Morena e Amazontur.

Inicialmente, 7 veículos já estão rodando no sistema e mais 5, recuperados em uma balsa na quinta-feira (21), devem ser colocados em circulação no decorrer do dia. Serão 26 ônibus operados pelo órgão.

Furlan: “A intervenção pode durar menos ou mais dias, dependendo da estabilização dos serviços”

Procuradora da CTMac, Patrícia de Almeida

“A intervenção pode durar menos ou mais dias, dependendo da estabilização dos serviços. A prefeitura vai gerenciar garagem, manutenção, itinerários e salários dos trabalhadores”, declarou o prefeito Antônio Furlan.

Após a regularização, os veículos serão devolvidos para os proprietários das empresas. Eles poderão operar novamente na cidade caso atendam aos critérios estabelecidos pelas ordens de serviço.

Vice-presidente do Sincottrap, Max Delis

Ainda segundo o prefeito, 10 ônibus da empresa Deciclo devem chegar ao município até a próxima semana, com mais 30 veículos a caminho. Além disso, a empresa Expresso Macapá voltou a seguir a ordem de serviço com inclusão de 28 veículos nas ruas, com disponibilidade para aumento da frota.

Para o Sindicato dos Rodoviários (Sincottrap), sem o movimento deles não haveria ônibus na cidade e a administração das empresas é feita pelos trabalhadores. A entidade pediu garantias de direitos e emprego na nova empresa.

“No Macapaba há milhares de famílias e só tem um carro. Nunca deixamos de atender a população, mesmo com os ônibus sucateados”, declarou o vice-presidente do Sincottrap, Max Delis.

Promotor André Araújo: “É necessário ocorrer a licitação para haver um contrato”

A Sião Thur foi a única que formalizou a saída do sistema macapaense, após 20 anos operando na cidade. O chamamento de empresas para operar na cidade segue ativo e tem prazo de um ano. Qualquer empresa que queira prestar o serviço poderá se cadastrar, segundo a CTMac.

Em relação a medidas punitivas e judiciais, a companhia afirmou que as empresas que não cumpriam os serviços foram notificadas, multadas e que medidas mais drásticas como fechar garagens não foram feitas para não prejudicar os usuários.

“O serviço público é uma concessão. Serão 26 ônibus circulando sob nossa gestão”, afirmou a procuradora da CTMac, Patrícia de Almeida.

A CTMac impediu que os ônibus fossem mandados para fora do estado. Foto: Ascom/PMM

Os obstáculos na execução de uma licitação do transporte público já perduram há pelo menos 30 anos, segundo o promotor de justiça do Ministério Público Estadual, André Araújo.

“É necessário ocorrer a licitação para haver um contrato, com fiscalização dos serviços e garantias”, concluiu o promotor.

Seles Nafes
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