Por IAGO FONSECA
Os trabalhadores da empresa Sião Thur, que opera a linha intermunicipal entre Macapá e Santana, sinalizam paralisação a partir da terça-feira (3). A reivindicação é, novamente, pelo atraso de três meses no pagamento de salários, férias não pagas há seis meses e não cumprimento dos depósitos do FGTS.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários (Sincottrap), em assembleia virtual na segunda-feira (25) com os trabalhadores foram relembrados os constantes problemas enfrentados por eles – que não acompanham as intervenções feitas pela prefeitura de Macapá – já que a empresa não opera na capital desde a terça-feira (26) e a linha Macapá/Santana é um itinerário de jurisdição estadual.
Em documento encaminhado à empresa, à Secretaria de Estado de Transporte (Setrap) e ao Ministério Público do Trabalho, o sindicato dá prazo até 30 de setembro para que a empresa cumpra os pagamentos. Após a data, os colaboradores farão greve por tempo indeterminado com 70% da frota que circula na linha Macapá/Santana.
“Não tem mais nada a ver com subsídio de Macapá, porque a empresa roda somente no intermunicipal. É outra jurisdição. Nesse processo de intervenção em Macapá só está a Capital Morena e Amazontur, por isso reunimos para ver como fica a situação dos trabalhadores da Sião. Pedimos que empresa regularize a situação dos trabalhadores, se não fizer, é greve no dia 3”, comunicou Cristiano Souza, presidente do Sincottrap.
O anúncio vem logo após a decisão da Sião Thur de entregar as operações das linhas de Macapá, que atendiam os bairros da zona norte e oeste da cidade. O sindicato enfatizou que a decisão afeta não somente os funcionários, mas a população que dependerá do transporte para a Expofeira.
“O que nós queremos é receber, os trabalhadores não aguentam mais tantos atrasos. Queremos trabalhar, mas com o nosso salário em dia. A empresa tirou os poucos carros que tinham em Macapá nas linhas do Infraero e Marabaixo, agora com uma greve dessas, infelizmente, vai afetar o transporte para a Expofeira”, concluiu o vice-presidente do sindicato, Max Delis.