Por SELES NAFES
O atual prefeito de Santana, a segunda cidade mais populosa do Amapá, tem evitado afirmar que é candidato à reeleição, apesar de ser remota a possibilidade dele não tentar um novo mandato de quatro anos. Em entrevista ao Portal SN, Bala Rocha (PP) afirma que a candidatura dependerá de dois fatores: percepção de que o trabalho está sendo reconhecido, e de que o pleito não será “complicado”. Apesar de elogiar a atuação da vice Isabel Nogueira (PT), ele não deu garantias de que ela estará numa possível chapa.
A tendência é manter a atual vice ou haverá uma nova discussão com os aliados?
Ainda não estamos conversando. O que posso dizer é que a Isabel está na pauta pela forma como ela tem atuado, com lealdade, responsabilidade e muita cooperação…
Isso a coloca como favorita?
Não tenho como fazer essa avaliação. Vamos sentar com os demais partidos que apresentarão seus nomes. O comando da aliança, que será bastante ampla, é quem vai dizer. Existem outros nomes, por isso não existe favoritismo.
Quantos partidos você tem na base hoje e quantos tinham na eleição?
Tínhamos o PT, PP, DEM (atual União Brasil) e Solidariedade entre outros partidos. As alianças foram construídas mais em cima de lideranças, como o senador Davi, Nogueira (PT) e o Jory (Oeiras). O senador Davi já tem a decisão (em apoiar a reeleição), e estamos conversando com o ministro Waldez (PDT), governador Clécio (SD) e o senador Randolfe (sem partido).
Santana tem fama de ser um colégio eleitoral volátil, onde os eleitores mudam de opinião em dois dias. Você aposta no reconhecimento?
As pessoas me perguntam se eu estou fazendo planejamento de campanha, e eu respondo que não. Estou concentrado no trabalho. Na reeleição do senador Davi e na eleição do governador Clécio não fizemos um grande planejamento. Fomos pra rua e as pessoas viram o que eles tinham feito e concordaram. Isso também com o apoio do então governador Waldez. Vamos trabalhar da mesma forma.
Existe alguma chance de o senhor não ser candidato à reeleição?
As pessoas me perguntam isso, e eu digo que se o nosso trabalho estiver sendo reconhecido serei candidato, sim. Mas se eu perceber que será um pleito muito complicado, talvez eu não seja candidato. Depende também da repercussão e da aceitação, como ocorre hoje. Aí iremos para as ruas mostrar pras pessoas. A minha determinação é tentar fazer o melhor pela população e colher os frutos disso na hora da eleição.
Como você divide política e trabalho?
Dizem que eu faço pouca política, e que me dedico mais ao trabalho pela cidade. Porque acredito que o trabalho é que pode trazer esse retorno. Se eu estiver trabalhando direito, tenho chance forte de ganhar. Se não estiver, tenho chance forte de perder.
Tem candidato que ganha eleição só fazendo política?
Sim. Eu mesmo tive esse problema em Brasília, onde me dediquei ao trabalho, mas na hora da eleição eu perdi. Foi assim como deputado federal. Acho que não fiz a parte política. Eu ainda prefiro usar o trabalho para construir vitórias.